Governador afirma que Rondônia Rural Show superou expectativas

Governador afirma que Rondônia Rural Show superou expectativas

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Foto: Divulgação

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Muito mais que os R$ 1,5 milhão de investimentos oferecidos pelo Banco do Brasil e outros oito bancos presentes no evento, a 4ª Feira Rondônia Rural Show, realizada de 27 a 30 de maio, em Ji-Paraná, demonstrou que o Estado está fora do quadro crítico que toma conta do cenário econômico nacional, até mesmo do Distrito Federal, onde existe a maior concentração de renda do País.

Numa avaliação preliminar, o comitê de crédito informou que 320 expositores venderam diretamente R$ 18,5 milhões, entretanto, a avaliação oficial do evento será feita na próxima quinta-feira (11) em reunião do secretário estadual de Agricultura, Evandro Padovani, com organizadores do evento, assessores governamentais e dirigentes regionais de estabelecimentos bancários.

“Com o final do Plano Safra do governo Federal, aproxima-se o cenário mais apropriado para o balanço completo”, justificou o diretor da Seagri, economista Francisco Aroldo Vasconcelos de Oliveira.

O comitê de crédito da feira somou investimentos de R$ 1,5 milhão, liberados pelo Banco do Brasil, Basa, Banco do Povo, Caixa Econômica Federal, Cresol, Credisis, Santander (com recursos ABC-BNDES) e HSBC.

Vendas diretas na 4ª Rondônia Rural Show corresponderam ao movimento de agroindústrias, artesanato e à comercialização de bovinos, caprinos e ovelha. Segundo relatório do comitê de crédito, cerca de 100 agroindústrias movimentaram R$ 125,2 mil, o artesanato R$ 105,3 mil e semoventes (bovinos, caprinos e ovinos) R$ 502,5 mil.

Para o governador Confúcio Moura, a presença de representantes internacionais (peruanos, bolivianos e panamenhos) significa o estreitamento do intercâmbio comercial com o Brasil, aproveitando oportunidades de negócios com Rondônia. “Eles querem importar nossas tecnologias e programas rurais, e isso engrandece a Emater, a Seagri, a Idaron e, no plano federal, a Embrapa”, assinalou Confúcio.

 

SEM CRISE

Segundo o governador, é sintomático o fato de o Estado não viver situações delicadas, a exemplo do Distrito Federal e os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. “A crise econômica não é tão avassaladora em Rondônia, pois o Estado cresce em média 10% ao ano, superando a China”, disse, completando que os estrangeiros têm razão em pretender nossas tecnologias. Veja a melhora genética do rebanho leiteiro obtida em Rondônia, assunto de uma reunião com membros da Associação Girolando. Lembro que atualmente Rondônia é o maior produtor de leite da região Norte e responde sozinho por mais de 40% de toda a produção regional”.

Os R$ 18,5 milhões de vendas diretas foram apurados no mapeamento feito pelos organizadores. Pode ter sido mais que esse volume de dinheiro, conforme o economista Francisco Aroldo. “Visitamos pelo menos 70% dos estandes e outros espaços de vendas, e nos inspiramos para projetar um trabalho ainda mais eficaz da nossa equipe de avaliação em 2016, trabalhando com cada um deles o tempo todo enquanto durar a feira”.

A Budny Tratores e Implementos Agrícolas, de Ji-Paraná, por exemplo, vendeu 74 unidades, totalizando R$ 9,8 milhões.

 

“ONDA DO CAFÉ”

Confúcio Moura destacou o papel do evento: “Quando eu e o Anselmo [ex-deputado federal Anselmo de Jesus] iniciamos a feira havia poucos participantes. Hoje está repleto e assim será de agora em diante. Temos a maior agricultura familiar do Brasil”.

Nesse aspecto, o governador lembrou ter assinado com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) o termo de cooperação para o Estado trabalhar com o Programa Terra Legal visando documentar mais 70 mil propriedades que ainda estão irregulares. “Assinamos 82 contratos no valor de R$ 5,4 milhões do Programa Mais Alimentos da Agricultura Familiar”, citou.

Entre as atividades de piscicultura, plantio de soja, arroz, milho, cacau e café, Confúcio fez especial referência a esse último, lembrando que Rondônia caminha para alcançar a safra de quatro milhões de sacos de 60 quilos. “Uma lavoura de café bem cuidada, irrigada e adubada pode render 100 sacas por hectare; o cafezal antigo, não passava de 20 sacas”, comentou.

Em seu blog, Confúcio Moura explicou que o pequeno produtor, cultivando entre um e dois hectares renda complementar excelente. “Assim, com o café, o leite, árvores plantadas, roças, peixe, o agricultor familiar poderá ter uma renda muito boa. É por isso que sou vidrado no café, e quero que esta onda pegue, e rápido”, pontuou.

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