Juiz de RO recusa medalha que recebeu de MG e devolve por Sedex

"Não me julgo superior a esse senhor Stédile, mas a minha modesta biografia, a devoção ao meu Estado natal – berço e sacrário de nossa liberdade – recomendam-me não aceitar esse nivelamento’.

Vai muito mal a relação da presidente Dilma Rousseff com o presidente do Congresso Renan Calheiros (PMDB-AL). Na última quinta-feira (16), depois da posse de Henrique Alves no Turismo, Dilma aproveitou a ausência de Renan e chamou ao seu gabinete Vinícius Lages, apadrinhado do senador que passou a vaga, a contragosto dele. Dilma pediu a Lages que escolhesse a presidência dos Correios, Conab, Chesf ou Infraero – irrecusáveis para dez entre dez políticos. ‘Fica que em dez dias eu convenço o Renan’, disse a presidente. Lages declinou das propostas, sorriu e deixou o gabinete.

O fiel

Lages contou o caso logo depois da reunião para Renan, que ficou enfurecido, mas agradeceu a fidelidade do apadrinhado – e o nomeou para chefe de gabinete no Senado.

Fez carão!

Ao declinar, o ex-ministro do Turismo explicou para a presidente que tem compromisso com Renan, nada pode decidir sem ele, e que é a favor da redução de ministérios.

Na guilhotina

O que ficou claro para a turma de Renan com a revelação é que há quatro dirigentes de poderosas estatais na guilhotina da chefe.

Revolta do Coronel

O ex-coronel da PM de Minas Gerais e juiz em Rondônia Mozart Hamilton Bueno (foto ao lado) devolveu por Sedex ao governador Fernando Pimentel a Medalha da Inconfidência com a qual foi agraciado pelo então governador Francelino Pereira. Enviou junto uma carta com a justificativa: não aceita João Pedro Stédile, do MST, na lista de homenageados.

Sem comparações

Na carta, o ex-militar desabafa para Pimentel: ‘Não me julgo superior a esse senhor Stédile, mas a minha modesta biografia, a devoção ao meu Estado natal – berço e sacrário de nossa liberdade – recomendam-me não aceitar esse nivelamento’.

Cerco judicial

O grupo Advogados Independentes prepara o ajuizamento de centenas de ações simultâneas em varas federais pelo País para questionar o contrato do TSE com a empresa Smartmatic. São capitaneados pelo advogado Paulo Fernando Melo e o procurador Matheus Farias – que já questionou a suspeição do ex-ministro Dias Toffoli.

Lobby forte

Até ontem às 17h, Luiz Edson Fachin, o escolhido para vaga de Barbosa no STF, havia visitado pelo menos oito senadores. Circula com séquito de cinco assessores e a esposa.

Barrado em Miami

Ele tentou, na cara grande. Mas a Embaixada dos Estados Unidos negou visto ao ex-deputado distrital Pedro Passos, condenado por grilagem em Brasília.

Segura!

Presidente do PDT, Carlos Lupi correu para Cuiabá e conseguiu afagar a tempo o governador Pedro Taques, que ameaçou sair do partido caso não tivesse seu apoio. Taques está brigado com o presidente regional, Zeca Viana – para quem sobrou bronca.

O que é isso, companheiro!

Causou estranheza em políticos a inserção do PROS na TV, com cara de ‘Você Decide’, na qual o presidente do partido, Eurípedes Junior, joga para a plateia a decisão sobre um episódio fictício sobre crime de menor. ‘Partido deve ter posição’, diz um líder.

Diagnóstico

A decisão do STF de autorizar contratações de terceirizados para Organizações Sociais não atinge o Mais Médicos, acordo binacional entre o Brasil e Cuba pela OPAS. Mas há a ADI 5035 no STF, que questiona o programa, que pode dar dor de cabeça ao Planalto.

Outro pra lista

A coluna publicou sobre a CGU em Jaraguá (GO). E vem da cidade exemplo usado em Brasília pelos que defendem a redução da maioridade penal, em debate: um menor de 16 acaba de ser preso por matar a pauladas, na barriga, a namorada grávida (e o feto).

Só no Brasil…

O caso só foi resolvido porque houve fuga da cadeia local, e um detento localizou o corpo na mata. De tão apavorado, o apenado preferiu voltar para a delegacia e avisar.

Berzô na sacristia

O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, será a estrela de um debate na cúria metropolitana de Brasília dia 4. Falará sobre ‘Direito de informar e ser informado’.

Ponto Final

A Seccional paulista da OAB iniciou as oitivas no processo de cassação do registro da carteirinha do ex-ministro José Dirceu, por ser condenado na Justiça.