SEM CONDENADOS - Assassinato de Olavo Pires completa 24 anos

No período em que os dois homens foram apontados como os assassinos de Olavo Pires, o filho do Senador assassinado e ex-deputado federal pelo estado de Rondônia, Emerson Olavo Pires afirmou, em entrevista à revista IstoÉ, saber quem havia sido o mandante

SEM CONDENADOS - Assassinato de Olavo Pires completa 24 anos

Foto: Divulgação

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Em recente levantamento feito por órgãos independentes da imprensa foi constatado um numero preocupante, nos últimos 30 anos foram assassinados no Brasil um total aproximado de 72 políticos, entre vereadores, deputados e senadores.

Em Rondônia, um desses crimes completa nesta quinta-feira (16) vinte e quatro anos, e com um detalhe, sem nenhum condenado.

O crime em questão foi o assassinato a sangue frio do Senador rondoniense e então candidato ao Governo do estado, Olavo Pires.

O político foi alvejado por uma submetralhadora 9 milímetros em frente a uma retifica de máquinas pesadas de sua propriedade, na calçada do cruzamento das avenidas Jorge Teixeira e Amazonas, em Porto Velho.

Na época, Olavo havia acabado de vencer o primeiro turno na corrida eleitoral e caminhava forte para ocupar o palácio Getúlio Vargas.

De acordo com informações da própria família, o Senador havia solicitado proteção ao Ministério da Justiça e ao Senado, porém não foi atendido.  Ao que tudo indica, Olavo tinha certeza que estava sendo perseguido politicamente e poderia ser vitima de algum atentado.

A morte de Olavo Pires ocasionou uma reviravolta nas eleições rondonienses de 1990 que terminou com a vitória do candidato Osvaldo Piana, que assumiu o lugar de Olavo no segundo turno, contra o atual Senador Valdir Raupp.

 

CPI da Pistolagem

 

A morte de Olavo Pires fortaleceu a CPI da Pistolagem, montada no Congresso Nacional e que no ano de 1994 apresentou seu relatório final afirmando que o Senador foi assassinado vitima de uma campanha difamatória que tentava associar seu nome ao narcotráfico por contrariar pessoas poderosas no estado de Rondônia.

Na época da CPI, as principais suspeitas apontadas pelos deputados recaíram para os políticos Oswaldo Piana, seu vice, Assis Canuto, e o empresário Assis Gurgacz. Ninguém foi indiciado pela comissão, que apenas encaminhou o relatório aos órgãos federais competentes.

O Ministério Público Federal considerou que não havia elementos que caracterizassem o crime como político e no ano de 1996 decidiu devolver a apuração do crime para a Polícia Civil e ao Ministério Público do estado de Rondônia.

 

Prisões

 

No ano de 2009 a Polícia Civil de Rondônia apontou dois nomes como os responsáveis pelos disparos que atingiram Olavo Pires, Carlos Leonor de Macedo, o Perneta, e João Ferreira Lima.

Ambos os acusados já se encontravam detidos pelo sistema carcerário, Carlos por porte ilegal de armas, e João por compor uma quadrilha de assalto a bancos a carros fortes.

No período em que os dois homens foram apontados como os assassinos de Olavo Pires, o filho do Senador assassinado e ex-deputado federal pelo estado de Rondônia, Emerson Olavo Pires afirmou, em entrevista à revista IstoÉ, saber quem havia sido o mandante dos disparos contra seu pai.

"É o empresário Assis Gurgacz", disse Emerson Olavo Pires, acusação essa que foi rebatida pela assessoria jurídica de Assis Gurgacz afirmando que ele já havia provado sua inocência na CPI da Pistolagem.

Assis Gurgacz é pai do atual Senador reeleito pelo estado de Rondônia, Acir Gurgacz.

Ainda em 2009, a Polícia Civil teve um mês após efetuar os mandatos de prisão, para encaminhar o relatório dos indiciamentos ao Ministério Público Estadual que teria até o dia 16 de outubro de 2010 para dar prosseguimento no Tribunal de Justiça ao inquérito.

De acordo com informações, o inquérito foi arquivado e o crime que chocou Rondônia e desafiou o Senado, terminou prescrito e sem nenhum condenado.

Um ponto triste e vergonhoso na historia da política brasileira e da justiça rondoniense.

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