Defesa Civil Municipal socorre moradores ilhados no assentamento Joana D'Arc

Da Redação

09 de Abril de 2014 às 17:32

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Defesa Civil Municipal socorre moradores ilhados no assentamento Joana D'Arc

Foto: Divulgação

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A Defesa Civil Municipal, em parceria com a Aeronáutica, Bombeiros Civis, Corpo de Bombeiros e voluntários que têm atuado em ações dessa natureza, retirou, nesta semana, 14 famílias que se encontravam ilhadas no assentamento Joana D'Arc. Os socorridos foram diretamente levados para a unidade única Cidade Satélite, espaço montado no Parque dos Tanques para servir de acampamento a todos os desalojados e desabrigados do município.

A operação no Joana D'Arc foi decidida com representantes de sindicatos e outras lideranças do assentamento em reunião acontecida no Incra, no final do mês março. “Ficou acordado que 49 famílias seriam retiradas de lá, mas antes que acontecesse a operação, grande parte das famílias se deslocou por conta própria. A situação deles não é de inundação, mas de isolamento. Eles estavam ilhados lá e não podiam mais receber assistência”, explicou José Pimentel, coordenador municipal da Defesa Civil.

Noventa quilômetros separam o assentamento Joana D'Arc da região central do município e muitos obstáculos, incluindo muita água, fizeram com que a operação fosse realizada sob muitos esforços. As 76 pessoas retiradas foram levadas diretamente para o acampamento único. “Eles chegaram em torno de duas e meia da madrugada e foram recepcionados por uma equipe de assistentes sociais da Prefeitura, que os aguardava com café da manhã. Observamos que eles se demonstraram muito satisfeitos com o local”, observou Pimentel.

A cidade Satélite é de responsabilidade da Defesa Civil Estadual. As barracas possuem mais de vinte metros quadrado e devem ser usadas apenas para pernoite, porque uma estrutura muito maior funciona em seu entorno. “Lá as pessoas podem ter atividades diárias de entretenimento. Há academia ao ar livre, jogos como tênis de mesa, pebolim e pula-pula para as crianças. Também estão sendo preparadas uma série de oficinas profissionalizantes, que serão ministradas por diversos profissionais. Há água tratada com filtros industriais, muitos banheiros químicos, uma estrutura grande para banho, sendo a parte masculina distinta da parte feminina e os boxes individualizados. A área de lavanderia é bastante grande e há várias máquinas e tanques disponíveis”, informou o coordenador.

Segundo a Defesa Civil Municipal, o rio Madeira atingiu a cota mais alta no dia 31 de março, quando chegou a 19,72m, desde então tem havido gradativa redução que, embora muito lenta, vem refletindo rapidamente em alguns bairros, em partes da zona central e algumas regiões ribeirinhas. “Cada 4 ou 5 cm de redução do rio pode representar de 40 a 50 cm de baixa das águas em certas regiões. Isso ocorre em função de que o rio tem represado os igarapés, de forma que uma pequena diferença na altura do rio já pode significar grande vazão para os cursos d'água. No entanto, sabemos que os abrigos ainda precisarão funcionar por um longo tempo, mesmo após a vazão das águas, assim, precisamos fazer tudo o que pudermos para que esses espaços tenham boas condições e atendam eficazmente às necessidades das pessoas”, finalizou o coordenador.

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