A notícia da chegada de combustível se espalhou por toda cidade, em fração de segundo, causando uma correria de motoristas e motociclistas aos postos de gasolina, onde foram formadas longas filas, debaixo de impiedoso sol.
Foto: Divulgação
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A notícia da chegada de combustível se espalhou por toda cidade, em fração de segundo, causando uma correria de motoristas e motociclistas aos postos de gasolina, onde foram formadas longas filas, debaixo de impiedoso sol.
Para abastecer os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, a partir de ramais rurais alternativos, motoristas enfrentam verdadeiras aventuras em estradas de chão, sem as mínimas condições para trafegabilidade, correndo risco de graves acidentes, extravios das mercadorias e a perda da própria vida.
Uirassu José S. de Assis, motorista do caminhão-tanque placa NCC 4403, veículo no qual transportou 7 mil litros de gasolina para suprir o município de Guajará-Mirim, que saiu de Porto Velho, segunda-feira, 17, às 16 horas, chegando em terras perolenses dia 20, por volta das 13 horas, fez impressionantes relatos sobre situações perigosas vividas no trecho percorrido entre o Distrito de União Bandeirantes e a cidade de Nova Mamoré.
Segundo Uirassu, foram vários os momentos de perigos enfrentados, em razão das péssimas condições dos ramais utilizados como rotas alternativas para se chegar
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No meio do caminho, encontraram com vários caminhões de transporte de cargas, carros de passageiros e taxistas atolados, quebrados ou mesmo, em alguns caos, tombados.
Nos trechos dos 9º e 8º ramais, Uirassu José S. de Assis relatou que ele, e outros condutores, foram ameaçados por moradores locais, que portavam armas de fogo, do tipo espingardas e revolveres, impedindo a todos de continuarem viagem e exigindo a presença de autoridades para discutirem a situação das estradas e dos moradores.
Há casos onde os moradores danificaram pontes e pontilhões, serrando ou ateando fogo em parte destas estruturas, de modo a impossibilitar a passagem de veículos de cargas e passageiros.
Hoje, fazer uma viagem com destino aos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, é viver uma perigosa aventura, digna de roteiro de filme de ação ao estilo ‘hollywoodiano’. Bem antes mesmo das enchentes dos rios Mamoré, Araras e Madeira, enfrentar a BR 425 já era um verdadeiro rally de aventuras, pondo em risco a vida de qualquer um que ousasse trafegar nesta via federal.
Às populações, autoridades e empresários dos municípios do Vale do Mamoré restam, tal qual Vênus que ressurge das cinzas, a partir do caos hoje vivido - aproveitando que é ano de eleições - promover uma ampla discussão, envolvendo representantes dos governos federal, estadual e dos dois municípios, para se sanar, de uma vez por todas, problemas estruturais crônicos, que vem corroendo as economias da Guajará e Nova Mamoré, ao longo das décadas, governos após governos.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!