Para ajustar o crescimento populacional na área tanto a Prefeitura quanto o Governo teriam que investir pesado para dar condições necessárias nas melhorias de qualidade de vida da comunidade, ampliando a rede de atendimento dos postos, com mais médicos, m
Foto: Divulgação
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A zona Leste de Porto Velho é uma região de grande densidade populacional, em permanente expansão. Ela comporta os Bairros Mariana, São Francisco, Airton Senna, Marcos Freire, Ulisses Guimarães, Ronaldo Aragão, Ocupação Renascer, Parque Amazônia, Codaron e mais cinco linhas rurais, com uma população por volta de 45 mil pessoas.
O programa habitacional Morada Nova, do Governo da Cooperação, realizado por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas) - Plano FutuRo e governo Federal – “Minha Casa Minha Vida” - vai oferecer 4 mil moradias no residencial “Orgulho do Madeira, que serão entregues em julho desde ano. Porém a grandiosidade da obra começa a preocupar quem já está há mais tempo na região do extremo Leste de Porto Velho em relação ao atendimento nas áreas de saúde, segurança e educação, fatores esses dos mais carentes na região atualmente.
Segundo o Presidente do Conselho de Comunitário de Segurança do Setor 16 - Conseg 16 -, Anderson Nãnan, é esperado para a região um crescimento populacional para mais 12 mil pessoas com a entrega das 4 mil unidades habitacionais.
Ele ressalta que com a população no setor, em torno de 45 mil pessoas, o atendimento na área de saúde é feita por uma Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada no Bairro Ulisses Guimarães e um posto de saúde no Bairro Mariana, com atendimentos limitados, deficitários e com as deficiências que se tornaram comuns, como a falta de médicos especialistas, medicamentos, um único aparelho de Raio-X para atender toda a comunidade – isso quando não está em manutenção. Sem contar, de acordo com Nãnan, que para a realização de exames laboratoriais é feita uma distribuição diária de apenas 25 fichas para atender toda a demanda, que não é pouca.
Para ajustar o crescimento populacional na área tanto a Prefeitura quanto o Governo teriam que investir pesado para dar condições necessárias nas melhorias de qualidade de vida da comunidade, ampliando a rede de atendimento dos postos, com mais médicos, mais medicamentos, melhor tratamento humano e abrindo mais unidades de saúde.
Ele lembra que o Ministério da Saúde determina em Lei que a cada 10 mil pessoas é indicada a criação de uma equipe do PSF – Programa Saúde da Família, composta por um médico, um enfermeiro, um técnico em enfermagem e um agente de saúde. O que não ocorre na região e que essa preocupação já foi repassada a Promotoria de Saúde do Ministério Público de Rondônia e as Secretaria de Saúde do Município e do Estado.
No caso da educação, a carência latente encontrada em toda região é a falta de creches públicas e até de vagas nas escolas municipais, que não possuem condições mínimas para atender a grande demanda. Seriam, no caso, cerca de mil crianças a mais na região.
Com alto índice de violência, a zona Leste hoje necessita de uma revisão urgente por parte da Secretaria de Segurança do Estado para repor postos policiais e aumentar o efetivo na região com mais rondas. O único Box de Polícia que existia no Bairro Ulisses Guimarães, referência de segurança ostensiva no setor não existe mais, o que gerou a ação de assaltantes e comércios em estado de alerta.
Anderson Nãnan, presidente do Conseg 16.
Vale registrar que dentro do Projeto “Orgulho do Madeira” inclui no seu orçamento de execução a construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e uma Unidade de Policiamento para atender a população que vai receber as casas. Porém a seis meses de serem entregues as moradias até o momento ainda não foi iniciada a construção da UBS, o que motivou a preocupação do presidente do CONSEG 6, Nãnan, e de muitos moradores.
“Tenho medo que este novo acréscimo populacional na zona Leste traga um colapso para a região que não está preparada para receber essa grande demanda. Já falta atendimento digno para quem está aqui, imagina com mais 12 mil novos moradores chegando.”, comentou Nãnan.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!