Contas do governo de 2010 são aprovadas pelo TCE com determinações

Contas do governo de 2010 são aprovadas pelo TCE com determinações

Contas do governo de 2010 são aprovadas pelo TCE com determinações

Foto: Divulgação

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O Tribunal de Contas (TCE) aprovou na última sexta-feira (4), em sessão especial do Pleno, as contas do Governo do Estado referentes ao exercício 2010. Durante a apreciação das contas, o Colegiado também aprovou determinações a serem implementadas pela atual gestão em áreas importantes, como planejamento, educação, previdência, entre outras.
De acordo com o parecer prévio aprovado pelo Pleno (Processo nº 1984/2011), todas as determinações visam à melhoria da governança estadual, devendo o atual chefe do Executivo, em articulação com seus secretários, promover uma ação conjugada para adotar as medidas corretivas apontadas e comprová-las junto ao TCE no âmbito das contas governamentais relativamente aos exercícios 2013 e 2014.
Uma dessas determinações diz respeito à definição do planejamento do Estado para assegurar a realização dos programas e ações em obediência aos objetivos, diretrizes e metas previstas em peças de planejamento, como plano plurianual (PPA), lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA).
IPERON
Na área da previdência, o TCE, reforçando expediente encaminhado em conjunto com o Tribunal de Justiça e o Ministério Público estadual (MP) ao Executivo em 2012, determina a reestruturação do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Iperon), elencando, para tanto, oito ações a serem executadas.
Entre essas ações estão a informatização de procedimentos, em especial do processamento da folha de pagamento dos benefícios e pensionistas, assim como sua auditoria. Também é determinada a aprovação de um novo plano de cargos e salários para o Iperon, bem como a adoção de ações para garantir maior autonomia às atividades desempenhadas pelo instituto.
O Pleno entendeu ainda ser necessária a aprovação de lei visando, entre outros pontos, implantar um plano de aporte do Executivo ao instituto para recompor o montante de R$ 2,5 bilhões, referente à dívida previdenciária do período de 1987 a 2009. Neste caso, os valores podem ser pagos de forma parcelada.
Também devem ser adotadas medidas visando a amortização do déficit atuarial do Iperon, que é da ordem de R$ 7,5 bilhões, conforme a última avaliação feita pela Caixa. Para esse fim, o TCE informa que, em outros estados brasileiros, foi adotada a prática de vinculação de receitas (por exemplo, no Rio de Janeiro, os “royalties” recebidos).
A adoção dessas medidas, segundo o parecer prévio aprovado pelo Pleno, é fundamental não só à comprovação da saúde financeira e atuarial do Iperon, mas também para que inativos e pensionistas dos poderes e dos órgãos autônomos, como o próprio TCE e o MP, passem a ter seus benefícios diretamente administrados por aquele instituto de previdência.
A emissão do parecer prévio sobre as contas do governador do Estado, que faz parte da missão constitucional do TCE, compõe ainda a função técnico-opinativa da Corte de Contas e visa principalmente subsidiar o julgamento político-administrativo que é feito pelo Poder Legislativo estadual.
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