Estudos sobre o mercúrio no rio Madeira são apresentados em congresso na Escócia

Estudos sobre o mercúrio no rio Madeira são apresentados em congresso na Escócia

Estudos sobre o mercúrio no rio Madeira são apresentados em congresso na Escócia

Foto: Divulgação

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Pesquisas realizadas a partir do Programa de Monitoramento Hidrobiogeoquímico da Santo Antônio Energia, que monitora o mercúrio no rio Madeira em Porto Velho como parte dos programas socioambientais, foram apresentadas na Escócia durante a 11ª Conferência Internacional sobre o Mercúrio como Poluente Global. O evento ocorreu em Edimburgo, capital do país europeu, e foi concluído na última sexta-feira, dia 2 de agosto.
Os estudos demonstram que a quantidade de mercúrio na população que vive nas margens do rio Madeira, historicamente acima da média mundial, não aumentou nos últimos anos, e que essa mesma população não apresenta problemas de saúde comuns às pessoas expostas ao excesso do elemento químico.
Durante o Congresso, cinco estudos realizados a partir do monitoramento do rio Madeira foram apresentados – sendo três ambientais, um humano e um case prático. Os estudos fazem parte do maior trabalho já feito na Amazônia sobre o tema. Apesar de ser comum sua presença na natureza, o mercúrio é um metal tóxico que pode oferecer riscos ao meio ambiente e à saúde humana.
“É muito importante trazermos esses estudos para a Conferência porque o problema do mercúrio na Amazônia é antigo e tem de ser tratado com cuidado”, alerta Carolina Mariani, bióloga e analista socioambiental da Santo Antônio Energia.
Os dados em humanos foram coletados antes do enchimento do reservatório da usina, em 2010. O índice de mercúrio é medido pela presença do metal no cabelo das pessoas. Em geral, na população mundial, espera-se encontrar um número de até 2 partes por milhão (ppm) de mercúrio no cabelo. Nos cabelos da população ribeirinha da Amazônia, foram encontrados casos com concentração superior a 100 ppm. Nas populações ribeirinhas que foram estudadas, a média foi em torno de 6 ppm. É esperado que se encontrem sintomas da contaminação com valores acima de 50 ppm.
A alta concentração de mercúrio no ser humano pode acarretar problemas de locomoção, memória e visão. Porém, a população ribeirinha do Rio Madeira não manifesta as doenças citadas. “Existem várias hipóteses que são estudadas há anos, mas a principal explicação – que ainda precisa de aval científico – é a boa alimentação das pessoas e também o consumo de castanha do Brasil, rica em selênio”, conclui Carolina. Uma nova pesquisa será realizada em 2014 para comparação dos dados. 
Já o monitoramento ambiental é constante, feito a cada três meses, e mostra que não houve variação significativa dos níveis do elemento no meio ambiente. “Desde 2009, analisamos periodicamente a água, sedimentos, material particulado, fitoplânctons, entre outros componentes ambientais. Notamos que o índice não é grande na água e nessas partículas, porém os peixes que estão na ponta da cadeia alimentar acabam apresentando mais metal, acumulado ao longo da alimentação”, explica Carolina.
Um importante passo será dado pelos países em outubro deste ano, com a assinatura da Convenção de Minamata sobre Mercúrio, um tratado ambiental que restringirá o uso e as emissões globais do elemento em vários produtos e em diferentes processos produtivos, como garimpo e indústrias. O nome do tratado é uma homenagem à população de Minamata, no Japão, que sofreu com a contaminação de mercúrio em suas águas na década de 1920.
Desde a sua concepção, a Usina Hidrelétrica Santo Antônio foi idealizada para obter o máximo de aproveitamento do potencial dos recursos hídricos, com o mínimo de impacto socioambiental. O monitoramento do nível de mercúrio do rio Madeira é parte dos programas socioambientais para o licenciamento da hidrelétrica desenvolvido pela Santo Antônio Energia, a concessionária responsável pela implantação, operação e comercialização da energia gerada na usina.
Santo Antônio Energia
É a concessionária responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em Porto Velho (RO), e pela comercialização da energia a ser gerada. A usina, que iniciou a geração comercial de energia em 30 de março de 2012, gerará, a partir de novembro de 2015, energia suficiente para abastecer o consumo de, aproximadamente, 40 milhões de pessoas. Este projeto é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os acionistas da Santo Antônio Energia são as empresas Furnas (39%), Odebrecht Energia (18,6%), Andrade Gutierrez (12,4%), Cemig (10%) e o Caixa FIP Amazônia Energia (20%).
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