Sindsbor realiza reunião no Acre e filia seringueiros

Da Redação

16 de Julho de 2013 às 09:58

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Sindsbor realiza reunião no Acre e filia seringueiros

Foto: Divulgação

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O Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros de Rondônia na quinta-feira última, dia 11 de julho, realizou uma das maiores reuniões que já se tem notícia na cidade de Cruzeiro do Sul – Acre, envolvendo a categoria dos Soldados da Borracha.

A reunião foi realizada no templo da igreja Assembleia de Deus da cidade, Milhares de Soldados da Borracha e familiares participaram do grande encontro, a finalidade da reunião foi divulgar o trabalho que o sindicato vem desenvolvendo no Estado de Rondônia, em Brasília e fora do Brasil, a exemplo a participação da entidade na Audiência da Comissão dos Direitos Humanos na OEA nos Estados Unidos em março de 2013, e também realizar filiações de Seringueiros, Soldados da Borracha e familiares. O vice-presidente do sindicato George Telles, falou aos presentes que foi entregue um dossiê completo sobre a história e a violação dos Direitos Humanos cometida aos trabalhadores nordestinos recrutados e seringueiros amazônicos que atenderam o chamado do governo de Getúlio Vargas no início dos anos 40, para a extração da borracha com o objetivo de alimentar a máquina de guerra dos E.U.A e dos países aliados que necessitavam da matéria prima.

Os representantes da entidade explicaram a todos que a ação judicial indenizatória dos Soldados da Borracha Nº 2010.41.00.000084-5 , está tramitando e hoje encontra-se em Brasília a cargo do desembargador Souza Prudente, da mesma forma falaram da luta que está sendo travada sobre o Projeto de Emenda Constitucional PEC-556 de 2002, de autoria da senadora amazonense Vanessa Grazziottin, que o sindicato vem reivindicando, a PEC 556, prevê igualdade salarial para a categoria equivalente aos ex-combatentes, aqueles que participaram da 2ª Guerra Mundial na Europa, com aposentadoria e pensão especial com teto de vencimentos em torno de 07 salários mínimos.

Durante a reunião os milhares de participantes foram alertados sobre grupos de pessoas e advogados corruptos que estão usando o nome da entidade, para colher documentos,”filiando” vários Soldados da Borracha, inclusive montando procurações com a justificativa de ingressa-los na ação de indenização movida a favor da classe, se passando por parceiros do sindicato na cidade de Cruzeiro do Sul.. Os presentes foram orientados a não assinarem ou, muito menos fornecerem documentos a qualquer pessoa que diga ser representante do sindicato, pois a entidade não possui representantes em lugar algum, foi dito que o objetivo dos golpistas é o de lucrar e tirar proveito próprio em relação a situação dos Soldados da Borracha.

Questionado sobre como se encontram os Soldados da Borracha sobreviventes e suas situações de vida, George Telles respondeu que, nenhum seringueiro recrutado ou trabalhador que atendeu o chamado do governo para o esforço de guerra jamais recebeu indenização ou pagamento final previsto e prometido pelos países que assinaram os Acordos de Washington. Disse também que Soldados da Borracha tão lembrados pelos aparelhos da imprensa oficial do estado brasileiro do período Vargas, foram relegados ao esquecimento, não possuem na atualidade como prioridade uma pensão especial, tão pouco atendimento prioritário e de qualidade quando precisam de serviços de saúde, recebem apenas uma pensão de dois salários mínimos, muito menos possuem moradia como garantia por parte do governo, assim como receberam os ex-combatentes. A Presidenta da República Dilma Rousseff, o Ministro Chefe da Presidência da República Gilberto Carvalho, a Ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário e demais instituições em Brasília, por diversas vezes já foram informados através de relatórios e documentos sobre a real situação em que se encontra a categoria,o momento é de indignação pois não podemos mais esperar, milhares já morreram, muitos estão doentes, cegos e em cadeiras de rodas, e o restante luta contra o tempo para ver em vida os direitos tão sonhados, finalizou assim George Telles.

Direito ao esquecimento

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