Nesta sexta-feira (21), os trabalhadores do Poder Judiciário de Rondônia completam 40 dias com as atividades paralisadas. Até o momento, não houve proposta oficial do TJRO sobre as reivindicações da categoria que são 10% de reposição salarial e melhores condições de trabalho.
“A administração e a presidência do Tribunal continuam irredutíveis. Dizem que não tem dinheiro, mas nesse período soubemos que houve reajuste para juízes e desembargadores, além da garantia de reposição salarial de 5% para 2014 e 2015. Houve ainda a contratação de novos servidores, além do previsto, aprovação de lei que garante auxílio-alimentação e saúde além de gratificações de mais de 6 mil reais para policiais militares que atuam no TJRO.
Houve ainda o reajuste e reequilíbrio de vários contratos com fornecedores, por parte do Tribunal de Justiça. Não somos contra os PMs, nem contra os magistrados, mas dizer que não há dinheiro e tomar essas medidas é brincar com a inteligência da categoria em greve”, afirmou Francisco Roque, presidente do SINJUR.
"Durante todo esse período estamos sendo reprimidos por alguns magistrados em algumas Comarcas como Pimenta Bueno, Ariquemes, Porto Velho e Guajará Mirim, por termos tido a "audácia" de entrarmos em greve", disse o Diretor Administrativo do SINJUR, Vladir Carvalho.
A greve é um direito do trabalhador garantido pela Constituição. A manifestação dos trabalhadores do Poder Judiciário é pacífica e ordeira, houve uma decisão liminar que diminuiu a quantidade de trabalhadores em greve e está cumprida essa decisão.
Neste próximo final de semana, caravanas de trabalhadores, que já confirmaram presença, estarão vindo de todas as Comarcas do Estado, para deixar a capital ainda mais mobilizada a partir de segunda-feira dia 24/6.