Mario Português anuncia saída do PPS e diz que Mauro Nazif precisa “botar quente na canjica”
Foto: Divulgação
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O empresário Mario Português, ex-candidato a prefeito de Porto Velho pelo PPS, foi o entrevistado desta sexta-feira (07) no programa A Voz do Povo, na rádio Cultura FM 107,9 apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá.
Sempre direto e com muita disposição para falar dos desafios e dos seus projetos na vida pública, Português obteve 37.650 votos na capital e empina uma pré-candidatura a deputado estadual.
“Aos olhos do povo, a cidade esta largada, abandonada, uma bagunça. É vergonhoso. Quando me candidatei, minha proposta era mudar Porto Velho. Eu me achava competente para mudar a capital, pois desde cedo eu trabalho. Com essa experiência e com 40 anos aqui na cidade, me sinto capaz”, disse.
Segundo ele, “o povo não acreditou em meu projeto. O prefeito atual, nas eleições, se aproveitou de uma declaração minha, quando disse que Porto Velho se parece uma favela. Ele esbravejou e defendeu a capital, que aqui era uma maravilha, que realmente é, mas é mal cuidada”.
Português alfinetou o atual prefeito. “Como ele disse, se aqui fosse uma favela, seria mais ruim pra Nazif como prefeito mudar. Se a cidade não parecia uma favela e era arrumada, então ficou fácil para ele trabalhar, a missão tá facilitada”, observou.
Em relação ao começo do mandato de Mauro Nazif e de suas realizações, ele ironizou: “o que foi feito foi a colocação de uma ruma de pedra e gramado os viadutos e gasto R$ 700 mil num serviço meia-sola, que eu faria em meia hora”.
Ele lembrou que, “quando candidato, eu disse que meu projeto era, no segundo dia do ano, começar um mutirão de limpeza na capital. Depois, iria para os pontos mais críticos, com a rua da Beira. Daria um jeito. Se o prefeito me pedir para arrumar a rua da Beira, eu faço um movimento e executo a obra rapidinho”.
Seguindo com mais declarações polêmicas, ele arrematou: “não adianta chamar um médico para ser pedreiro. Precisa de executor, com conhecimento, que saiba trabalhar. Não precisa ser isso ou aquilo, mas é preciso contratar as pessoas certas para fazer as coisas funcionarem”.
Sobre o perfil de Nazif, Português disse que “quando se vai contratar um profissional, se avalia o currículo da pessoa. Mas, nas eleições, as pessoas não avaliam as competências dos políticos. O Nazif é um bom médico, já como gestor, a cidade toda já pode começar a avalia-lo. Não acredito que o prefeito percorra a cidade, pois se o fizesse, conheceria os problemas e trataria de resolvê-los”.
Indagado se o povo errou na escolha, ele arrematou: “não disse isso de maneira nenhuma. As pessoas tem liberdade de escolha e isso precisa ser respeitado”.
Ele avaliou o Governo, dizendo que falta um pouco de acerto, de ajustes. “O governador Confúcio Moura (PMDB) é um político experiente, com uma trajetória em Rondônia e pode fazer muito mais”, completou.
A declaração acabou gerando insinuações de ouvintes, de que Mario estaria se aproximando do PMDB de Confúcio. “Tem muita coisa ainda, não defini minha ida a nenhum partido e nem se serei mesmo candidato, ou a qual cargo”.
Mario reconheceu que a situação de greves, de crise entre os poderes e de descaso em Porto Velho, não pode continuar desse jeito. “É preciso resolver isso, mostrar o caminho correto e dialogar, mostrar a situação do Estado e ser transparente”.
Indagado sobre que nota ele daria ao começo de mandato do prefeito, ele avaliou que “é melhor não falar nada. Numa escala de zero a dez, não tem como colocar uma nota, pois não tem nada feito. Se fosse dar, de zero a dois seria bom até demais. É preciso botar quente na canjica e cuidar da cidade”.
Sobre mudanças no trânsito da cidade, o Português declarou que “primeiro é preciso contratar pessoas qualificadas para planejar o trânsito. Até agora, não tem nada de novo, infelizmente”.
Ao ser questionado se vai continuar no PPS ou mudar de partido para disputar as eleições em 2014, Mario Português afirmou que “recebi convites de vários partidos. Ontem (06), assinei minha desfiliação do PPS. Minha saída se deu porque foi feita uma fusão com o PMN e criou-se o MD e ficou indefinido o comando da sigla do Estado. Eu decidi sair e estou analisando a que partido me filiar”.
Em relação ao seu futuro político, o empresário garantiu: “isso só a Deus pertence. Ser candidato ao senador ou deputado federal está fora de cogitação. Mas, outros cargos estão em abertos. Fui convidado pelo PSC, PRB, PTC, PSDB, PMDB, PDT, DEM, enfim muitos, menos o PT que eu não iria pra ele de jeito nenhum”.
Arimar quis saber porque não iria ao PT, ele arrematou: “demagogia eu não gosto. Ficaram 30 anos pregando moralidade e tudo mais e fizeram exatamente o contrário”.
Um ouvinte quis saber se Mario aceitaria, se convidado, ocupar um cargo na prefeitura, de secretário, por exemplo. “Eu iria avaliar, mas com certeza eu tenho capacidade para assumir qualquer função na administração pública”.
Ao finalizar, ele fez uma sugestão ao prefeito Mauro Nazif. “Seria importante uma opinião de empresários, com diversos segmentos, para que ele absorva informações e sugestões. Quero que o prefeito acerte e que melhore a cidade, pois todos ganham com isso”, finalizou.
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