Os trabalhadores em educação municipais de Porto Velho, em greve há um mês, lotaram a galeria da Câmara Municipal da Capital na sessão desta segunda-feira, 03/06, para protestar contra a intransigência da prefeitura e cobrar o atendimento da pauta de reivindicações.
A manifestação na Câmara Municipal foi proposital devido à presença do prefeito Mauro Nazif na sessão, oportunidade em que os educadores demonstraram a insatisfação com a administração municipal, que vinha se recusando a negociar o atendimento das reivindicações.
Diante da direção do Sintero e do comando de greve, o prefeito Mauro Nazif se comprometeu em promover mais uma rodada de negociações nesta terça-feira, dia 04/06, quando os trabalhadores esperam obter uma resposta concreta às reivindicações.
Os trabalhadores em educação reivindicam reposição salarial, o pagamento do quinquênio, o fim do desconto da contrapartida do auxílio transporte, entre outros itens da pauta apresentados à administração municipal.
A prefeitura havia emperrado as negociações fixando a concessão de um auxílio de 6% sobre o vencimento básico, o que resulta em valores que variam de R$ 60,00 para os menores salários e R$ 126,00 para os maiores salários.
Os trabalhadores em educação, demonstrando disposição ao diálogo e o propósito de buscar uma solução para o impasse, aceitaram flexibilizar as reivindicações, e fizeram uma contraproposta: aceitam um Auxílio Educação no valor de R$ 200,00 para os professores e de R$ 170,00 para os Técnicos Administrativos, para funcionar como incentivo à formação continuada.
A rodada de negociações desta terça-feira é uma oportunidade da prefeitura de começar a cumprir as promessas do prefeito Mauro Nazif, de valorizar a educação.
ESTADUAIS
A greve dos trabalhadores em educação estaduais continua firme e forte em todo o Estado. Durante o feriado prolongado várias manifestações foram realizadas no interior do Estado, especialmente nas localidades onde o governador Confúcio Moura cumpria agenda.
Em Colorado D’Oeste Confúcio foi recebido com vaias por servidores públicos que o aguardavam na Câmara Municipal.
O governo insiste em dizer que não tem condições de atender às reivindicações, divergindo do que demonstra a prática governamental de valorizar os cargos comissionados, de ter aumentado valor de CDS em 300% conforme tem noticiado a imprensa, e de ter aumentado o contrato da vigilância privada de R$ 17 milhões para R$ 58 milhões.