USINAS – Sem indenização e fonte renda proprietários do Mirante III passam a atender na calçada - VÍDEO

O consórcio inclusive perdeu na justiça uma ação e foi obrigado a indenizar mensalmente a família proprietária do Mirante III.

USINAS – Sem indenização e fonte renda proprietários do Mirante III passam a atender na calçada - VÍDEO

Foto: Divulgação

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Sem fonte de renda, proprietários do Mirante III improvisam barraca com o apoio de amigos.
*Confira vídeo abaixo
Interditado pela Defesa Civil desde o dia 22 de março de 2013, o Mirante III, um dos mais tradicionais pontos turísticos de Porto Velho, retornou às atividades, porém agora resumido a uma pequena barraca montada com o apoio de amigos e clientes dos proprietários do estabelecimento, o casal José Carlos Rodrigues Dantas e Rosa Sichinel Dantas.
O estabelecimento que também funciona como residência da família há décadas, teve toda a sua estrutura comprometida após o inicio da construção da barragem utilizada na Usina de Santo Antônio, empreendimento realizado dentro do rio Madeira, afluente do rio Amazonas em Porto Velho.
De acordo com o casal, que luta na justiça para conseguir uma compensação minimamente digna frente aos prejuízos que sofrem desde que as primeiras rachaduras começaram a aparecer no piso do Mirante, a única forma encontrada para conseguirem alguma renda para o sustento da família foi retornar aos atendimentos na calçada localizada em frente ao interditado Mirante.
Em nota, o consórcio construtor responsável pela construção da usina negou qualquer influência da obra no desbarrancamento e erosão da margem do rio Madeira que levou ao comprometimento da estrutura do Mirante III.
Porém a própria Defesa Civil de Porto Velho já havia alertado que após a abertura das comportas da usinas, o fluxo do rio passou a apresentar marolas inconstantes e incomuns ao rio Madeira.
O consórcio inclusive perdeu na justiça uma ação e foi obrigado a indenizar mensalmente a família proprietária do Mirante III enquanto uma medida definitiva não fosse tomada, porém o casal Dantas não viu um centavo do dinheiro que lhes foi assegurado pela justiça.
Sem recursos e com a fonte de renda que possuíam há mais de 20 anos sedo devorada a cada dia pela força de tremores ocasionados por explosões e agressivos banzeiros que comem a todo o instante a margem do rio Madeira, a única saída encontrada foi ir para a calçada.
“Queremos justiça, estamos sem o nosso direito de trabalhar, estão querendo matar com tudo que é tradicional em nossa cidade. Contamos e sabemos que a comunidade está do lado do Mirante III, esperamos que a justiça seja feita, não podemos deixar que pessoas venham de tão longe e usurpem tudo que é nosso nos deixando na miséria, sem nossas tradições, sem nossas raízes”, disse o casal Dantas.

Enquanto isso o famoso “Tacacá da Lora” poderá novamente ser consumido pela comunidade, só que agora envolto em um cenário de revolta daqueles que sabem o valor das tradições de Porto Velho.

VÍDEO:

 

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