Ausência de fatos novos motivou liberdade de Roberto Sobrinho
Foto: Divulgação
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Contra corrupção
A prisão de Roberto Sobrinho e o bando que atuava na Empresa de Desenvolvimento Urbano – EMDUR, foi emblemática e coordenada para acontecer no dia nacional de combate à corrupção. Conforme foi largamente noticiado na terça-feira, 9, foi uma reação dos Ministérios Públicos a chamada PEC 37, que quer retirar dos MPs o poder de investigar, deixando essa atribuição apenas para a polícia. A aprovação dessa PEC interessa apenas aos corruptos, não existe uma justificativa plausível sequer para que se defenda a aprovação dessa proposta.
Mesmo assim
Acompanhamos diariamente pelos noticiários parlamentares defendendo o fim do poder de investigação dos Ministérios Públicos, o que é lamentável.
Julgamento
Nesta quarta-feira, pouco mais de 30 horas após ter sido preso na Operação Luminus, Mário Sérgio Leiras Teixeira e o ex-prefeito de Porto Velho Roberto Eduardo Sobrinho foram soltos por decisão do Tribunal de Justiça. O relator dos pedidos de habeas corpus, desembargador Walter Waltenberg, votou pela liberação de ambos alegando “não haverem motivos suficientes para a manutenção das prisões, uma vez que ambos não podem influenciar nas investigações em curso”. O voto de Waltenberg foi seguido pelo desembargador Renato Martins Mimessi. O desembargador Gilberto Barbosa apresentou voto contrário, ou seja, pela manutenção da prisão.
Suspeição
Logo no início da sessão de julgamento, o procurador do Ministério Público Júlio César do Amaral Tomé arguiu uma questão de ordem, alegando que o desembargador Walter Waltenberg deveria se dar por impedido em julgar os pedidos de habeas corpus. O procurador se referia a uma Ação Civil Pública movida contra o desembargador e que figuram ainda o ex-prefeito Roberto Sobrinho e a ex-secretária de regularização fundiária do município Fernanda Kopanakis. Por integrarem a ação como réus, o Ministério Público queria que o desembargador não relatasse os pedidos de habeas corpus. Ele se negou a se declarar suspeito e manteve sua posição, que também foi alvo de contestação pelo desembargador Gilberto Barbosa. O desembargador Renato Mimessi manteve Waltenberg na relatoria.
Contra
O desembargador Gilberto Barbosa foi contra a concessão de liberdade dos réus. Ele argumentou, em voto extenso, que a manutenção da prisão se fazia necessária “até para garantir a manutenção da ordem social” e apresentou diversos julgados de tribunais superiores. Ele alegou ainda que os réus, em liberdade, mantém forte influência política e financeira, e entende que ambos deveriam continuar presos.
A favor
Já o desembargador Renato Martins Mimessi, que presidia a sessão, argumentou que o voto de seu colega, assim como as alegações feitas no pedido de prisão preventiva, não traziam fatos novos e “lembravam aquele filme em que a moça esquecia de tudo que tinha feito no dia, esquecendo dos fatos no dia seguinte e isso obrigava um jovem que gostava dela a contar as mesmas histórias diariamente”. Ele se referia ao filme “Como se fosse a primeira vez”, com Adam Sandler e Drew Barrimore. Cinegrafias a parte, ele quis dizer que o Ministério Público teve tempo mais que suficiente para colher novas provas, apresentar fatos novos, mas não o fez. Argumentou ainda que a administração municipal foi totalmente renovada e isso reduzia a área de influência dos acusados, por isso votava com o relator.
Dividindo toga
Representando os réus estavam os advogados Nelson Canedo (Mário Sérgio) e Diego Vasconcelos (Roberto Sobrinho). Ambos chegaram a intervir em dois momentos, apenas para citar julgados e fazer observações. Eles alegaram em seus pedidos de habeas corpus que não existiam elementos necessários para a manutenção da prisão de seus clientes, já que ambos estavam fora de funções públicas e não estavam interferindo no processo.
Opinião
Lamentavelmente ganham as ruas Mário Sérgio e Roberto Sobrinho. Até mesmo o desembargador Renato Mimessi observou que “basta olhar a cidade” para perceber o mal causado por ambos ao longo de suas malfadadas gestões. A legislação brasileira é branda demais com crimes de corrupção. A soltura de Sobrinho é um tapa na cara da população, que sofre diariamente com as mazelas causadas pelo descaso e falta de comprometimento com a sociedade. Em seu voto, o desembargador Gilberto Barbosa afirmou que “a manutenção da prisão tinha cunho pedagógico” e ele tinha razão. Soltos eles deixam claro a impunidade que ainda reina no Brasil a favor de quem é acusado por crimes de improbidade e ainda expõe a impotência do Ministério Público que se esforça ao máximo em tentar punir os responsáveis por esses crimes que deveriam ser enquadrados como hediondos.
Pior
É termos que assistir congressistas, legítimos representantes do povo defenderem o fim do poder de investigação do Ministério Público. Se detendo essa prerrogativa é tão difícil manter criminosos do colarinho branco atrás das grades, imagine estando engessado. A sociedade brasileira não pode permitir, sequer cogitar a aprovação da PEC 37. É preciso manter as coisas exatamente como estão e aprimorar a legislação para evitar que robertos e mários se criem nesse país, que só é consideado ainda Terceiro Mundo, graças a excessiva corrupção. E aproveito para citar Arnaçldo Jabor, que informou o seguinte, “apenas três países no mundo proíbem seus ministérios públicos de investigar, a Indonésia, Uganda e o Quênia”. Avançados esses países, não?
Exonerada
A secretária dos Esportes, da Cultura e do Lazer (Secel), Cleidimara Alves foi exonerada na tardxe desta quarta-feira pelo governador Confúcio Moura. Em seu lugar assumiu interinamente a gerente administrativa da Secel, Eluane Martins. Cleidimara é uma das investigadas pela Operação Luminus.
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Substância presente no café ajuda a controlar açúcar no sangue
Cientistas descobriram que substâncias naturais extraídas de grãos crus de café podem ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue e peso corporais que estão atribuídos ao diabetes tipo 2. Tratam-se dos ácidos clorogênicos - amplamente disponível como um suplemento dietético - cuja apresentação fez parte do Encontro Nacional e Exposição da American Chemical Society (ACS), a maior sociedade científica do mundo, que está sendo realizado esta semana. Joe Vinson, que liderou a pesquisa, destacou que o diabetes tipo 2, a forma mais comum de diabetes, é um crescente problema de saúde global. Só nos Estados Unidos, quase 26 milhões têm a doença, na qual o pâncreas não produz insulina o suficiente ou em que as células do corpo resistem aos efeitos do hormônio. - Uma pílula natural capaz de ajudar a controlar o açúcar no sangue e promover a perda de peso ao mesmo tempo seria um grande avanço no tratamento da diabetes tipo 2 - disse Vinson. - A nossa própria investigação e estudos publicados por outros cientistas sugerem que este tipo de tratamento pode, de fato, existir. Existe significativa evidência epidemiológica de que o consumo de café reduz o risco de diabetes tipo 2. Um grande estudo, segundo Vinson, indica uma redução do risco de diabetes de 50% para as pessoas que bebiam sete xícaras de café por dia, em comparação com aqueles que bebiam apenas dois por dia. Ácidos clorogênicos são uma família de substâncias presente naturalmente em maçãs, cerejas, ameixas, ameixas secas e outras frutas e legumes. Vinson, da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, apontou que o café - devido à sua popularidade - é uma importante fonte alimentar destas substâncias. Grãos torrados, no entanto, têm menos da substância que os crus. Em um estudo anterior, Vinson constatou que as pessoas com sobrepeso ou obesos que tomaram tal extrato perderam cerca de 10% do seu peso corporal em 22 semanas. O novo estudo buscou documentar os efeitos de diferentes doses de extrato de café verde comercial sobre os níveis de açúcar no sangue de 56 homens e mulheres com níveis normais de açúcar no sangue. - Houve um efeito significativo do extrato de café verde, sem efeitos colaterais gastrointestinais aparentes - disse Vinson. - Todas as doses de extrato de café verde produziram uma redução significativa do açúcar no sangue. Com 400 mg de extrato de café verde, a glicose no sangue medida depois de 120 minutos foi 31% mais baixa.
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