Sob o argumento de que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) construídas pelo Estado estão próximas às duas unidades municipais inauguradas na terça-feira, nas zonas Sul e Leste de Porto Velho, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Paulo Curi Neto, suspendeu a inauguração das UPAs da rede estadual de saúde e determinou a realização de um estudo epidemiológico para identificar o fluxo de pacientes.
De acordo com o procurador do Estado junto à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Isaías Fonseca Moraes, o estudo já foi feito no início dos trabalhos para a implantação das duas UPAs e agora será reanalisado. Contudo, o foco do governo com a construção das duas Unidades de Pronto Atendimento, é desafogar o Pronto Socorro João Paulo II. Além disso, segundo Moraes, ao inaugurar suas unidades, o município desativou duas policlínicas que funcionavam nas imediações das UPAs. "Nós também não sabemos qual atividade o município vai priorizar", observa o procurador. Certo é que as UPAs municipais deverão absorver os pacientes ambulatoriais da policlínicas desativadas.
A Procuradoria Jurídica da Sesau prepara defesa junto ao TCE, mas entrará com contestação judicial diretamente junto ao Tribunal de Justiça. "Nossas UPAs servirão de apoio fundamental ao Pronto Socorro João Paulo II. Só a possibilidade de desafogar a superlotação do pronto socorro já justificaria a entrada em funcionamento das duas UPAs do Estado", acrescenta o secretário de Estado da Saúde, Gilvan Ramos.
A Sesau está trabalhando na finalização do processo de seleção dos servidores e profissionais das diversas áreas contratados emergencialmente, que começarão a atender primeiramente na UPA da Zona Sul, que fica próxima ao João Paulo II.