A dragagem do rio Madeira, a sinalização da hidrovia e a transposição dos troncos que passam pelas usinas de Santo Antônio e Jirau, a jusante, ou seja, rio abaixo foram os assuntos da pauta da reunião ocorrida na quarta-feira (15), na Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília.
O diretor presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), Ricardo de Sá Vieira solicitou ao Ibama que autorize o quanto antes uma licença para que o Dnit realize a dragagem dos bancos de areia nos pontos preocupantes do rio Madeira. O pedido de Ricardo de Sá foi para que a navegação no rio não sofra interrupções. “Nós percebemos que a régua do rio está boa, contudo o assoreamento foi maior que nos anos anteriores, por isso estamos solicitando com urgência a dragagem”, explicou.
Quanto à transposição dos troncos do rio, o presidente do Sindifluvial, Sindicato das Empresas de Travessia e Navegação, Transporte de Passageiros, Veículos e Cargas Lacustre e Fluvial do Estado de Rondônia, Raimundo Holanda, sugeriu que fossem retidos todos os troncos que descem o rio. Caso não seja possível, que façam um refino, isto é, que apenas os menores, desçam o rio, mas que sejam cortados e que os maiores sejam retirados e aproveitados.
Para o superintendente de Navegação Interior da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Adalberto Tokarski a preocupação é quanto ao risco de afundamento de embarcações e avarias, e também prejuízos nos cais flutuantes, não só no porto da capital do Estado, mas no porto de Manicoré, Humaitá e Borba que estão no eixo da hidrovia do Madeira.
Tokarski disse que houve avanços na reunião, mas ainda há uma preocupação quanto à barragem de Jirau que está prevista a encher novamente em águas baixas. “Nós da Antaq nos posicionamos contrários a isso, a energia é importante, mas não podemos deixar que não se olhe o múltiplo uso do rio, que é a navegação interior”, destacou. Atualmente 4% da produção de grãos do país passa pelo rio Madeira com destino ao porto de Itacoatiara, no Estado do Amazonas.
Ficou decidido que o Ibama organize um comitê técnico para a discussão quanto a transposição dos trocos, juntamente com os demais órgão envolvidos e que o Dnit fique responsável para chamar os órgão envolvidos para um comitê técnico também fazer um debate de como se resolver a questão do assoreamento na hidrovia do Madeira, no sentido que se tenha uma navegação segura no rio Madeira.
Participaram também da reunião, o superintendente de Uso Múltiplos das Águas, da ANA, Joaquim Gondin, o diretor Administrativo do Soph, Leudo Buriti, além de representantes do Ministério dos Transportes, Ibama, Aneel, ANP, Usina Santo Antônio Energia e Jirau.