Rebanho de ovinos aumentou 20% em Rondônia

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Foto: Divulgação

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Com a mudança nos hábitos alimentares e o apoio do governo do Estado, a ovinocultura nos últimos 18 meses teve um aumento de 20% na produção de campo e 10% no consumo da carne, de acordo com dados da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagri). Os destaques ficam por conta dos municípios de Porto Velho, com 13.174 cabeças e Ariquemes com 9.736 para o total de um rebanho de 289.221 ovinos.

 

O último levantamento anual apresentado pela veterinária Sandra Régia de Paula Carvalho, responsável pela atividade de ovinocultura da Seagri, revela que somente em Porto Velho, nas casas de carne são comercializados 1.462 quilos de carnes de ovinos por mês, enquanto que nos restaurantes são consumidos 2.730 quilos, nos supermercados 2.805 quilos e nas feiras livres 5.576 quilos mensais.

 

Segunda Sandra Régia, esse consumo poderia ser maior levando em consideração o tamanho da capital. Contudo, só em Porto Velho, uma rede de supermercados comercializa mensalmente mil quilos de carnes de ovinos importados do Uruguai, em função do preço menor do que a carne produzida aqui e dos cortes que também são inspecionados. No interior a carne de ovinos também tem boa aceitação, principalmente nas festas de aniversário e final de ano.

 

Mesmo assim, a atividade continua crescendo e o rebanho aumentando, com a Seagri incentivando a produção da ovinocultura em todos os municípios. O “caminho passa pela organização da cadeia produtiva, com os produtores rurais formando cooperativas e associações, para em breve termos um rebanho de meio milhão de cabeças de ovinos no Estado”, conclui a veterinária.

 

Qualidade

 

Nos últimos dois anos o consumo da carne de ovinos teve um aumento em torno de 30% em todo o território nacional. Em Rondônia proporcionalmente este número foi menor, mas não menos significativo, tendo em vista que o consumidor também vem se tornando cada vez mais exigente na qualidade do que é levado à mesa. No lado oposto da boa qualidade da carne de ovinos comercializada nos açougues e supermercados, verifica-se o alto índice de abates clandestinos.

 

O abate informal, sem atenção necessária da fiscalização sanitária, tem sido uma das razões pelas quais os consumidores reclamam e deixam de levar a carne de ovinos, devido ao forte odor e sabor desagradável encontrados em alguns mercados e pontos comerciais. Mesmo assim, onde existe qualidade e os cuidados que a carne de ovinos exige, os consumidores que conhecem o valor nutritivo de um bom produto tornam-se clientes fieis.

 

O produtor rural Teotônio Cordeiro, a oito km de Porto Velho produz 500 ovinos P.O. (Puro Sangue de origem) das raças Santa Inês, Solfocle, Doper e Texel Lanuda, numa área de 70 hectares dividida em 29 piquetes. Ele diz que vem obtendo excelentes resultados com o cruzamento industrial e inseminação artificial. Borregos (filhotes) criados e alimentados no sistema de confinamento são comercializados aos seis meses de idade, com 16 quilos de carcaça.

 

Teotônio acredita que o consumo da carne de ovinos tem muito espaço para crescer no mercado rondoniense que está cada vez mais exigente, pedindo padronização e um nível de qualidade para o produto. Essa diferença pode estar segundo ele, em detalhes como o sabor, e a maciez do alimento que podem ser conquistado na base da cadeia produtiva.

 

De acordo com Teotônio, investir no cruzamento de raças voltadas para a produção de carne, dando atenção para sanidade, essa é uma iniciativa importante por parte dos criadores que fornecem animais para o abate. A ovinocultura é um nicho que está em expansão em Rondônia.

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