IML não tem veículo para transportar corpo de índio Kaxarari que se matou em Extrema (ATUALIZADA)

Conforme ocorrência, Marivaldo havia sido ameaçado por um homem, conhecido pelo nome de Arivaldo (ex-administrador da Vila Marmelo). Consta no relato que esse mesmo Arivaldo já havia ameaçado furar o índio com uma faca há algum tempo.

IML não tem veículo para transportar corpo de índio Kaxarari que se matou em Extrema (ATUALIZADA)

Foto: Divulgação

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(ATUALIZADA E CORRIGIDA ÀS 08h10)

De acordo com informações do líder indígena da Nação Kaxarari, Ary Kaxarari, um índio, identificado como Marivaldo Quintino Kaxarari, se matou com um tiro de espingarda - conforme registro de comunicação no B.O. nº 241/2012, da 9ª Delegacia de Polícia Civil - na noite de sábado (17).

Conforme ocorrência, Marivaldo havia sido ameaçado por um homem, conhecido pelo nome de Arivaldo (ex-administrador da Vila Marmelo). Consta no relato que esse mesmo Arivaldo já havia ameaçado furar o índio com uma faca há algum tempo. A polícia investiga a veracidade do do suposto suicídio do índio.

A nação indígena fica localizada em Extrema de Rondônia, próximo da Ponta do Abunã, a 300 km de Porto Velho, e foi pedido com urgência providência ao Instituto Médico Legal (IML), solicitando um rabecão para conduzir o corpo até a capital, para que fosse feitas as providências necessárias.


Ary disse à reportagem que o pedido não foi acatado e que a alegação pelo IML é que não tinha veículo disponível para fazer o serviço.

Ele então tentou entrar em contato com o IML de Rio Branco (AC) para tentar a remoção do corpo.

Ary ficou revoltado com a posição do IML local, pois a responsabilidade do serviço deveria ser de Rondônia, mas teve que até que recorrer ao estado vizinho para que o corpo do índio fosse removido.

OCORRÊNCIA

Consta informação registrada no Boletim de Ocorrência nº242/2012 que o corpo do índio estava no hospital regional de Extrema aguardando o IML para proceder os procedimentos legais para caso de morte não natural, porém o instituto comunicou a Delegacia onde o caso fora registrado que não seria possível buscar o cadáver já que os quatro veículos do órgão estavam quebrados.

O delegado plantonista diante da pressão dos familiares - que necessitavam do corpo para velar, conforme a cultura indígena - e da alegação de que já estava entrando em estado de putrefação - devido as horas de espera pelo rabecão - e ainda pelo fato do médico alegar que o cadáver não poderia ficar mais no hospital, bem como a disponibilidade do médico local para fazer o atestado de óbito, foi feito o documento e contactado uma funerária para que a família pudesse finalmente realizar a cerimônia do féretro.

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