PAINEL POLÍTICO - Denis Baú pode sofrer impeachment na FIERO por antecipar edital – Por Alan Alex

Da Redação

31 de Janeiro de 2012 às 14:21

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PAINEL POLÍTICO - Denis Baú pode sofrer impeachment na FIERO por antecipar edital – Por Alan Alex

Foto: Divulgação

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A queda

À frente da Federação das Indústrias de Rondônia – FIERO – desde 2009, o engenheiro civil Denis Baú pode sofrer um impeachment antes do fim de seu mandato. O presidente da FIERO vem sendo acusado por um grupo de empresários de ter assinado antecipadamente e publicado o edital de convocação para as novas eleições que serão realizadas no dia 4 de outubro deste ano para o quadriênio 2013 até 2016.

Estratégia

Segundo os denunciantes o motivo da publicação antecipada do edital é aproveitar o período das férias, onde a circulação de pessoas no âmbito da Fiero é mínima e dessa forma desestruturar a oposição, proporcionando um tempo escasso (10 dias) para realizar as inscrições das chapas concorrentes.

Ilegalidade

Quando assinou o edital, Baú estava nos Estados Unidos, acompanhado da esposa e do diretor da FIERO Edson Carlos Coelho da Costa, que representa o Sindgraf na instituição. Ambos estavam acompanhados de suas respectivas esposas. A forma como foi feita essa antecipação pode custar o mandato a Denis Baú, já que esse item pode anular a publicação de sua chapa.

Poder

De acordo com o Regimento Interno da Fiero, o cargo de presidente não oferece remuneração. Mas o que chama a atenção é que a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia tem um orçamento altíssimo (em torno de 300 milhões apenas da arrecadação patronal), maior até do que muitas prefeituras do interior de Rondônia. A atual diretoria da FIERO também vem sendo acusada de já ter visitado quase todas as capitais do Brasil e viajado para diversos países pelo menos duas vezes a cada ano com o intuito em buscar investidores e conhecimento técnico para proporcionar a entrada de várias indústrias e gerar emprego e renda para a população de Rondônia. Países visitados: (Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Moscou, Noruega, Inglaterra, África do Sul, Marrocos, China, Dubai, Hong Kong, Japão, Estados Unidos). Mas até hoje essas viagens não trouxeram nenhum resultado prático para seus associados.

Cabide

Filhos, sobrinhos e esposas de políticos estão empregados na FIERO recebendo altos salários e a maioria não presta nenhum serviço à entidade. Associados chamam o prédio da FIERO de “cabide de empregos” e como se trata de uma entidade patronal, não está sujeita a controles sociais, como exigência de concursos públicos ou fiscalização por parte de organismos competentes quando se trata de dinheiro público.

Pelo jeito

O Baú vai ser fechado para quem anda mal acostumado. Bom lembrar que foi a FIERO quem patrocinou parte da comitiva que foi à China ano passado, levando a tiracolo o prefeito Roberto Sobrinho.

Substabelecendo

O advogado Nelson Canedo não é mais o responsável pela defesa do pedido de habeas corpus do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia Valter Araújo, que encontra-se foragido da justiça desde dezembro de 2011. Canedo trabalhava em parceria com um escritório de Brasília. O advogado não revelou os motivos de sua saída do processo.

Na pressão

Na última sexta-feira dois empresários conhecidos estiveram reunidos com o dono de uma empresa que venceu a licitação para prestar serviços de limpeza a hospitais do governo e tentaram comprar o negócio. Com a recusa, propuseram sociedade e por ultimo pediram para que lhes dessem dicas sobre o ramo. Saíram de mãos abanando, mas não sem antes ameaçar o dono do contrato avisando que “ele não dura mais três meses” no negócio. O empresário apenas deu de ombros e disse que está satisfeito do jeito que as coisas estão, “se perder, a vida continua”.

Confusão

Na última coluna publicamos erroneamente o nome do secretário de Obras do Estado como Abelardo Jorge. Na verdade ele se chama Abelardo Castro. A confusão ocorreu em função do nome de um radialista.

Revendo

Uma revisão de 28 estudos publicada ontem na versão online da revista The Lancet aponta que os médicos deveriam medir a pressão arterial nos dois braços do paciente - e não apenas em um, como ocorre na maioria dos consultórios. Isso porque medidas diferentes de pressão nos braços podem indicar risco aumentado de doença vascular periférica. Medir a pressão nos dois braços já é recomendado nas diretrizes de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia - a última atualização foi publicada em 2010. A norma orienta que na primeira consulta os médicos meçam a pressão nos quatro membros do paciente: nos dois braços e nas duas pernas - o que nem sempre acontece. A revisão foi conduzida pelo médico Christopher Clark, da Universidade Exeter (Grã-Bretanha), e demonstrou que uma diferença de pressão sistólica acima de 15 milímetros de mercúrio (mm Hg) entre os dois braços está associada ao maior risco de ter uma das artérias parcialmente obstruída. Seria o caso, por exemplo, de um paciente ter a pressão arterial de 120 mm Hg por 80 mm Hg (12 por 8) em um dos braços e de 140 mm Hg por 80 mm Hg (14 por 8) no outro. A diferença de 140 para 120 é 20. Segundo o estudo, o paciente deveria ser encaminhado para exames mais específicos. Aqui no Brasil, as diretrizes recomendam uma investigação mais aprofundada apenas nos casos em que a medição da pressão apresentar uma diferença superior a 20 mm Hg entre os dois braços. Para o cardiologista Luiz Aparecido Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do InCor, esse é um ponto que poderá ser reavaliado no País.

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