GREVE DA PM - Governo pede apoio ao Exército

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Foto: Divulgação

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O governo resolveu endurecer com o movimento grevista dos policiais militares, cuja paralisação já atinge cerca de 30% do efetivo da corporação na capital, mais parte dos policiais lotados nos municípios de Ariquemes e Buritis. Com a proposta de reajuste de 12%, o governo considera que chegou ao limite das negociações sem correr o risco de incorrer em penalidades previstas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e que, a partir daqui, a orientação é retroceder.
Por exemplo, além de pedir na justiça a declaração da ilegalidade da greve, o governo estuda a possibilidade de outras ações cautelares, como multa individual diária para os grevistas e desconto dos dias parados ou suspensão do pagamento dos salários. O secretário de Estado da Segurança Pública, Marcelo Bessa, anunciou na manhã desta segunda-feira (5) que se o movimento paredista for mantido, a primeira parcela de reajuste de 12% proposto pelo governo, a ser incluída em janeiro (4,2%), será suspensa.
Nas negociações que vinham sendo feitas com as associações representativas dos policiais militares, o governo abriu suas contas e expôs toda a situação financeira do Estado, para mostrar a impossibilidade de conceder os 44% de reajuste pleiteado por algumas associações. O governo chegou ao limite de 12,6%, em quatro vezes de 4,2% nos meses de janeiro e outubro de 2012 e abril de 2013, mais o índice de reajuste linear que é concedido a todos os servidores nos meses de abril e outubro.
Com a aplicação destes índices, o vencimento de um soldado vai para R$ 3.15 mil, passando do oitavo para o quinto melhor salário das PMs brasileiras. Para o secretário Bessa, a pauta do movimento grevista é irreal, desde o pedido de reajuste de 44%. “Isso elevaria o soldo do PM para mais de R$ 5 mil, isto é, salário que nem a polícia de Brasília, que é paga pelo governo federal tem. Um tremendo contra-senso para nós que somos apenas o 14º PIB do país”, avalia.
REFORÇO
Na manhã desta segunda-feira o secretário Bessa reuniu o Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que congrega representantes do governo, do Exército, do Ministério Público, do Judiciário, da Polícia Federal e Rodoviária Federal, Procuradoria Geral do Estado, Polícia Militar e Polícia Civil, para tratar da estratégia que precisa ser adotada para manter o policiamento na capital, vez que os índices de criminalidade já aumentaram em apenas dois dias de greve.
Pela manhã o secretário Bessa entrou em contato com a Secretaria Nacional de Segurança Pública e com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, para pedir o apoio da Força Nacional e do Exército. A Força Nacional já liberou 250 policiais, que começaram a chegar nesta segunda-feira e foram pedidos mais 500 militares do Exército. Além disso, a Polícia Militar está trazendo policiais do interior, numa operação já prevista no planejamento da PM, para reforço do policiamento de final de ano.
O governo decidiu pedir o apoio do Exército devido a algumas ações feitas pelos grevistas, como uma emboscada a uma viatura da Força Nacional, que foi abordada por policiais a paisana, armados e teve os pneus esvaziados. Em função dos bloqueios aos quartéis, a frota da PM está utilizando estacionamentos do Exército.                      
 
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