DINHEIRO NO RALO – Obra milionária da Prefeitura se transforma em ponto de consumo de droga e foco de doenças

O abandono dessa obra já foi motivo de investigação por parte do Ministério Público e Ministério Público Federal, porém até o momento nenhuma atitude foi tomada para entender os motivos pelo qual a situação de abandono desse empreendimento chegou a tamanh

DINHEIRO NO RALO – Obra milionária da Prefeitura se transforma em ponto de consumo de droga e foco de doenças

Foto: Divulgação

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Proporcionar moradia aos portovelhenses que sofrem constantemente com o crescimento populacional que gerou uma leva de cidadãos sem residência própria e sem condições monetárias de financiar um imóvel por vias normais de crédito. Com esse propósito a prefeitura de Porto Velho em parceria com o governo federal deu inicio ao projeto denominado intervenção em favelas, isso no ano de 2007.
Porém, o que poderia ser o sonho de muitos munícipes que acreditavam conseguir ter um imóvel em seu nome tornou-se um pesadelo, não só para as 176 famílias que seriam diretamente beneficiadas no projeto, mas também para os moradores da área ao entorno da obra, que diariamente ao entardecer precisam trancar suas portas com medo do que se transformou o local onde se iniciou as obras dos condomínios Cuniã I e II.
Três anos após o convênio entre Prefeitura de Porto Velho, Caixa Econômica e Ministério das Cidades, que resultou em um investimento de R$ 5.574.642,63 (Cinco Milhões, Quinhentos e Setenta e Quatro mil, Seiscentos e Quarenta e Dois Reais e Sessenta e Três Centavos) o cenário dessa obra é deprimente.
Por todos os lados a depredação do local mostra o total escárnio e despreocupação com o derramamento do dinheiro público. Durante certo tempo o terreno ficou cercado por um muro formado por placas de alumínios e compensados, porém atualmente nem isso mais existe. Escancarado, o terreno se tornou apenas em um fantasma do que seria um canteiro de obras.
Drogas, Prostituição e Latrina
Dentro do terreno apenas um atônito vigilante, que sem poder fazer nada tenta proteger alguns restantes de alumínios, bloquetes e
outros materiais provenientes do dinheiro público. “São dois vigias trabalhando, um durante o dia e outro a noite, porém sem uma cerca ou qualquer outra proteção não podemos brigar sozinhos com os bandidos que entram nos apartamentos”, afirmou o vigilante, que ainda meio desconfiado com a presença da reportagem retornou para uma pequena barraca improvisada no que seria o deposito da obra.
Caminhando por dentro dos prédios inacabados logo começamos a entender o que o vigilante havia dito. Dentro dos já deteriorados apartamentos centenas de pontas de cigarros, embrulhos de drogas vazias, latas de alumínio provenientes do consumo de “oxi” droga essa que vem rapidamente viciando homens e mulheres de todas as idades e com alto poder de destruição.
Garrafas de bebidas alcoólicas quebradas estão espalhadas por todos os lados, as “festas” dos viciados ocorrem diariamente e começam junto com o pôr-do-sol, mesmo em horário em que os cidadãos que moram no entorno da obra assustados fecham suas casas e sequer cogitam a idéia de passar próximo ao terreno.
“Dentro desses apartamentos acontece de tudo, é venda de drogas, prostituição, a movimentação é grande, já vi a polícia por várias vezes entrar nesse local para prender assaltantes que escondem o roubo dentro dos apartamentos abandonados, porém isso não resolve, todo o dia a situação se repete”, exclamou indignado um morador do local que por medo dos marginais da região preferiu não se identificar.
Materiais de construção que ficaram logo após a paralisação das obras já desapareceram em quase sua totalidade, grades, janelas, mangueiras e vários objetos de valor já foram alvo da ação de marginais que provavelmente trocam esses objetos por drogas e utilizam o entorpecente no mesmo local do roubo.
O odor de dejetos fecais, lixo e até de animais mortos transformam a área em uma latrina gigante e criadouro de todos os tipos de doenças, relatos de vizinhos da área dão conta de que o numero de pessoas contaminadas pela dengue no período de chuva é impressionante.
“A saúde de todos está sendo colocada em risco, que vai pagar por isso? O prefeito? O secretario de saúde? Quando vão resolver esse problema?”, indagou Firmina de Mello Alves, moradora da região.
O abandono dessa obra já foi motivo de investigação por parte do Ministério Público e Ministério Público Federal, porém até o momento nenhuma atitude foi tomada para entender os motivos pelo qual a situação de abandono desse empreendimento chegou a tamanho descaso.
Enquanto isso cabe a Prefeitura Municipal de Porto Velho esclarecer há 176 famílias porque suas futuras residências se resumiram a redutos de criminalidade e gastança de dinheiro público.
Direito ao esquecimento

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