Vindo da terra da farinha, produtor espera crescer com mandiocultura no Joana D’arc 3

O assentamento agrícola Joana Darc 3, na região de Porto Velho, é composto por cinco agrovilas – União dos Camponeses, Chico Mendes, Pequena Vanessa, Sérgio Rodrigo, Padre Ezequiel e Vencedora – todas ocupadas pela agricultura familiar. Na primeira delas,

Vindo da terra da farinha, produtor espera crescer com mandiocultura no Joana D’arc 3

Foto: Divulgação

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O assentamento agrícola Joana Darc 3, na região de Porto Velho, é composto por cinco agrovilas – União dos Camponeses, Chico Mendes, Pequena Vanessa, Sérgio Rodrigo, Padre Ezequiel e Vencedora – todas ocupadas pela agricultura familiar. Na primeira delas, está assentado Juarez Gonçalves da Silva.

 

Dos 48 anos de idade, 20 Juarez dedica ao plantio de mandioca e à fabricação artesanal de farinha pirarucu (amarela), resultado de 30 mil pés da raiz plantados em três hectares de terra.

 

Existem outros tipos de produção na região, a exemplo de hortaliças e frutos como mamão, banana e laranja. Mas é a mandioca o forte da economia, segundo informa a Associação de Assentados Rurais do Joana D’arc 3, ramo preferido por 60 dos 98 associados, “mas todos indiretamente tem a ver com a mandiocultura”.

 

Como os demais assentados, Juarez está esperançoso quanto aos benefícios do Projeto Mandiocultura no Assentamento Joana D’arc desenvolvido na região. “Acredito que agora o pequeno produtor rural de Porto Velho vai crescer. O projeto de mandiocultura nasceu aqui e foram três anos tentando uma ação desse tipo”, disse. Juarez veio da Bahia para Rondônia em dezembro de 1987 e ainda não retornou a Itamaraju, cidade onde nasceu e, segundo ele, a terra da farinha.

 

A proposta do projeto é que a atividade agrícola da região, especialmente a mandiocultura, seja referência como agricultura familiar sustentável, sem o emprego de agrotóxicos. “Tudo o que produzimos é levado à Feira do Produtor Rural, em Porto Velho, mas através de atravessadores, únicos a ter lucro”, diz Juarez, que passou dos 10 sacos de 50 quilos iniciais para os atuais 50 sacos de 50 quilos de farinha.

 

Com o projeto, a esperança na região é de que se alcançará um mercado importante com a qualidade de sua produção. Noventa e cinco por cento do que produzem é vendido em Porto Velho e Jaci -Paraná, como mandioca de mesa, farinha seca (fina), farinha d’água (grossa), goma, polvilho e ração animal.

 

Juarez, 1º secretário da associação, diz que já fez cursos de associativismo, produção de viveiro, cooperativismo e controle de doenças e pragas do café. “Mas é a primeira vez que teremos, pela mandiocultura, capacitação como essa do Negócio Certo Rural, por conta do Projeto de Mandiocultura”.

 

O agricultor  chegou à região em 2000, três anos depois de obter, junto ao Incra seu lote e entrar definitivamente no assentamento. Até então, vivia em Jaci-Paraná. Cinco pessoas dependem diretamente de sua atividade na agrovila União dos Camponeses. Nas cinco agrovilas, 90% do que se produz é mandioca e seus derivados.

 

São parceiros no projeto de mandiocultura Sebrae, Semagric, Emater, Incra, Senar, Seagri, Embrapa, prefeitura de Porto Velho e governo de Rondônia.

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