De volta à "Calçada da lama” - Por Valdemir Caldas

De volta à "Calçada da lama” - Por Valdemir Caldas

De volta à

Foto: Divulgação

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O tema pode parecer enfadonho, mas não deixa de ser relevante, até como forma de chamar a atenção das autoridades, principalmente municipais, desde há muito deitadas em berço esplêndido, para a gravidade do problema.
Trata-se da balbúrdia que se instalou em trechos da avenida Pinheiro Machado, nas noite de feriados e nos finais de semana, quando adolescentes, jovens e marmanjos, filhinhos de papai, estacionam seus carrões de luxo (envenenados) dos dois lados da pista e ficam perambulando de um lado para o outro, bebendo e fumando, num exibicionismo doentio, que beira às raias do patético e do caricato mais vulgar.
Comportam-se, os boçais, como se a rua fosse propriedade privada, e não um bem de uso comum do povo, impedindo, assim, o direito constitucional de ir-e-vir das pessoas, dos cidadãos que pagam um cipoal de impostos, mas não recebem a contrapartida do poder público, em termos de saúde, educação, segurança pública, transporte coletivo de qualidade, dentre outros benefícios que lhes são assegurados em lei.
Semana passada, escrevi sobre o que vem acontecendo na Pinheiro Machado, nas noites e madrugadas. Poucas não foram as pessoas que comentaram o artigo, a maioria manifestando todo o seu inconformismo com aquela situação ultrajante e deplorável, mas, infelizmente, as autoridades insistem em fazer ouvido de mercador para o problema, deixando a coisa ao deus-dará.
Onde está o prefeito Roberto Sobrinho? Onde está a Polícia Militar? Onde estão os órgãos de fiscalização que não veem o que está ocorrendo na Pinheiro Machado? Foi-se o tempo em que a palavra da autoridade, uma vez dita, mesmo sem rompantes de autoritarismo, mas com o calmo anunciado das coisas que eram vedadas a fazer, em respeito à lei e às normas vigentes, valia para todos. Até porque leis e autoridades eram personalidades jurídicas para serem cumpridas e respeitadas, e não apenas levadas no deboche, como hoje acontece. Caso contrário, já teriam acabado com o desrespeito e a brutal falta de vergonha que imperam na avenida Pinheiro Machado. 
 
 
 
 
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