Coluna semanal Sindsef – 17 a 23 de julho – Greve Geral
Foto: Divulgação
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GREVE GERAL
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Rondônia (SINDSEF), Daniel Pereira, acompanhado dos diretores executivos Mário Jorge e Antônio Neves, esteve reunido com os delegados de base de diversos órgãos federais para discutir a promessa de proposta do governo federal, que após adiamento por duas vezes, marcou para o próximo dia 15 a apresentação de uma proposta concreta que estabeleça regras de uma melhoria de condições de trabalho e salário para a categoria.
ENROLAÇÃO
Incrédulos nessa possibilidade, alguns delegados disseram na reunião que não acreditam mais no governo e acham que eles estão “cozinhando o servidor a fogo baixo”, tendo enrolado o máximo que pode com a criação de Grupos de Trabalho (GT) que não levam a absolutamente nenhum resultado.
Em encaminhamento, os dirigentes sindicais apresentaram como proposta o aguardo até o dia 15(amanhã) para saber o que realmente o governo federal tem a oferecer aos servidores e a partir daí tomar alguma decisão sobre o rumo das negociações entre governo e entidades sindicais.
O QUE FOI APROVADO
Aprovada a ideia por unanimidade, os delegados de base marcaram para a próxima segunda-feira, às 16h mais uma reunião avaliativa na sede administrativa do Sindsef para discutir, caso o governo não queira atender as reivindicações da classe, até a possibilidade de uma greve geral em todo o Estado de Rondônia.
EQUIPARAÇÃO
Rachas na organização dos servidores públicos são sempre bem-vindos para o governo. Isso porque desunidos, os trabalhadores reduzem de forma significativa suas chances de reunir forças suficientes para pressionar pelo atendimento de demandas que não interessam aos patrões. Os processos de negociação, normalmente difíceis, tornam-se ainda mais complicados quando a desunião dos trabalhadores leva a uma série de informações desencontradas e inconsistentes.
ESCLARECENDO
Para tentar interromper boatos que tem contribuído para uma desunião desnecessária, a Condsef volta a esclarecer e relatar o processo de negociação que deu origem a reivindicação pela equiparação salarial a partir da tabela criada pela Lei 12.277/10. Esta foi uma demanda apresentada pelas entidades sindicais ao Governo ainda em 2009 quando foi publicado o PL 5920/09 que originou a lei e criou tabelas diferenciadas para cinco cargos de nível superior. À época, a entidade conseguiu apoio de parlamentares que apresentaram emendas para conseguir a equiparação das tabelas para os demais cargos de NS e concessão de mesmo percentual de reajuste para os níveis intermediário (NI) e auxiliar (NA).
DNIT
Na manhã da última quarta-feira, 13 de julho, foi marcada com a paralisação nacional dos servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) pela moralização do órgão. A situação no Dnit já não era das melhores após a crise na pasta que derrubou toda a alta cúpula incluindo do Ministério dos Transportes, sob acusação de corrupção.
ENTENDA O CASO
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (Sintrasef), Eliana Bonifácio, Lili, declarou em alto e bom som que os cargos políticos engessam os trabalhos e defendeu a nomeação dos servidores de carreira que estejam qualificados para assumir a função. O discurso de Lili foi endossado pelos companheiros durante a mobilização.
A paralisação no Rio de Janeiro também contou com a presença de outro diretor do Sintrasef, Geraldo Nunes, que informou a categoria do indicativo de greve geral para agosto, tendo em vista que o Governo recuou no processo de negociação e não tem atendido o pleito dos trabalhadores.
DENÚNCIAS
O tom de insatisfação com os escândalos acumulou também um sentimento de revolta, conforme contou Marilda Helena Pereira, que está no Dnit há mais de trinta anos. “Papagaio come milho, periquito leva a fama. Temos que fazer greve e todos têm que comparecer. Nós ganhamos pouco e trabalhamos muito”, desabafou.
Manifestantes também criticaram a falta de recursos materiais para atender as crescentes demandas de trabalho e a falta de estrutura nas unidades locais em todo o território brasileiro. Eles dizem que não aguentam mais carregar o fantasma da corrupção e ver o Governo tapar os olhos e trocar seis por meia dúzia em suas indicações políticas. “Não dá mais para deixar o órgão refém do balcão de negócios , ou seja nas mãos de quem não tem compromisso em conduzi-lo”, disse Josemilton Costa, secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal e diretor do Sintrasef.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!