Deputados podem ter “amenizado” CPI das Usina por pressão de ex-chefe de Consórcio

Da Redação

27 de Abril de 2011 às 11:57

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Deputados podem ter “amenizado” CPI das Usina por pressão de ex-chefe de Consórcio

Foto: Divulgação

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A revelação de parte do dossiê intitulado “Conexão China” causou um grande alvoroço junto á classe política de Rondônia, principalmente àqueles que andaram próximos do ex-chefão da Santo Antônio Energia (SAE), José Bonifácio Pinto Júnior, conhecido como “Boni”, que foi afastado do comando das obras da usina em Rondônia.

Informações sobre uma suposta disputa interna da Odebrecht, construtora que encabeça o consórcio, que teria sido o pivô da saída de Boni, não procedem. A empresa, uma das maiores do mundo, divulgou balanço recente onde apresentou números impressionantes.

Em 2010, o ganho líquido da Odebrecht S/A e suas controladas foi de R$ 2,7 bilhões, um aumento de quase 180% sobre o resultado do ano anterior quando o lucro alcançou quase R$ 1 bilhão. Foi o melhor resultado desde a fundação da construtora baiana, em 1944, por Norberto Odebrecht. No ano passado, a receita bruta do grupo alcançou R$ 53,8 bilhões, uma alta de 27% sobre o desempenho de 2009.

Apesar da disputa judicial que existe, os negócios do grupo transcorrem normalmente, portanto, nada que justificasse a saída de Boni dos negócios em Rondônia.

PAINEL POLÍTICO vem recebendo uma série de informações a respeito dos negócios que envolveriam José Bonifácio Pinto Júnior e grupos políticos do Estado. Uma relação promíscua se estabeleceu durante a implantação dos canteiros de obras e até mesmo o relatório final da CPI das Usinas, criada pela Assembleia Legislativa teria sido “amenizado” para evitar maiores estragos. Por “amenizar” entenda-se o saque de cerca de um milhão de reais na boca do caixa em uma agência bancária em Porto Velho, divididos em 4 cheques de R$ 250 mil.

As supostas negociações envolvendo deputados ligados ao mesmo grupo, teriam sido feitas pelo homem que aparece no dossiê com as iniciais J.C.R, responsável pela aproximação com o consórcio. J.C.R era visto constantemente na companhia de Boni, inclusive em jantares regados à vinhos no restaurante San Genaro, em Porto Velho.

Existem fortes indícios de que J.C.R operava para abastecer o caixa de campanha do seu grupo político. Ele atualmente presta serviço para o grupo chinês SUSFOR/UTR, que vem sendo acusado de protagonizar uma das maiores fraudes na bolsa de valores chinesa.

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