Os Jovens da Praça Tahrir - Por Professor Nazareno

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Foto: Divulgação

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A revolução popular que incendeia o Mundo Árabe derruba a ditadura de Hosni Mubarak no Egito e ameaça se expandir pela região. No mês passado, manifestantes depuseram o Governo da Tunísia. A Praça Tahrir, que fica no centro do Cairo, capital do país, foi literalmente tomada por multidões ensandecidas que exigiam mudanças no Governo e na sociedade e só se acalmaram quando finalmente o poder percebeu o óbvio e saiu de cena. Importante observar nas imagens enviadas ao mundo que grande parte destes revolucionários é jovem e certamente muitos deles foram influenciados pela Internet e pelos sites de relacionamentos pessoais. "Havia outras formas de vida além dos muros do fundamentalismo islâmico", perceberam. Ao contrário da fábula "As rãs e o pintassilgo" de Rubem Alves, eles não mataram o pássaro, apenas se uniram a ele.
 
Munidos de Lap Tops e computadores comuns, os jovens usaram a grande rede para marcar suas reuniões e passeatas. Orkut, Msn, Twitter e simples aparelhos de telefones celulares foram fundamentais para o sucesso do levante. O Governo, ao perceber a manobra, interrompeu totalmente o sinal da Internet. O Cairo, cidade com mais de oito milhões de habitantes, ficou parecendo Porto Velho em dias de apagão digital. Bloquearam também o sinal dos celulares. Tudo em vão. Os sinais vindos das ruas eram claros: ou Mubarak deixava o poder e se iniciavam rapidamente as mudanças sociais, políticas e econômicas ou ninguém deixaria a Praça Tahrir. Essa revolução em terras muçulmanas se não nos trouxer algum ensinamento, certamente nos dará excelentes lições de como, no Brasil, devemos agir para mudar o caos em que vivemos.
 
O Brasil não é o Egito nem o Mundo Árabe, mas vivemos uma revolução sem precedentes na nossa História. Muito antes dos militares usurparem o poder em 1964 e estuprarem a ordem democrática vigente, que se iniciou uma revolução silenciosa em nossa pátria e que se perpetua até hoje. É a revolução da imbecilidade geral, da estupidez coletiva, do enaltecimento do senso-comum. É a revolução que emudece vozes destoantes e cala os que ousam pensar de modo diferente. Nossos jovens, alienados em sua maioria, e muito diferentes dos egípcios, enchem os shopping centers e espalham a semente da burrice institucionalizada. Usam a grande rede para disseminar tolices e navegar pelos sites de inutilidade geral. Fazem uma revolução às avessas e se melhorarem e evoluírem chegarão ao fundo do poço, já que estão muito abaixo dele.
 
A burrice dos nossos jovens e da maioria do povo brasileiro de um modo geral beira a insensatez. Basta olhar os sites de relacionamento pessoal deles. Vi uma jovem dizer que "ao espirrar na frente do ventilador, ele lhe jogou água". Outro jovem se disse amante de música "MPB internacional". As comunidades que eles criam são de fazer inveja a um débil mental ou idiota. Os tópicos e os comentários, além de agredirem gratuitamente a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, têm conteúdo de psicopatas e de pessoas complemente alienadas. Nossos jovens, em sua maioria, são filhos da Globo e do BBB. Estão fazendo uma revolução para ver quem chega primeiro à terra dos otários. Curtem carnaval fora de época, se drogam estupidamente, desprezam os estudos e a boa leitura e abrem mão da verdadeira música. Uns imbecis modernos.
           
Os poucos que se salvam desta maré de estupidez, deste oceano de mediocridade, estão fazendo a verdadeira revolução, a sua, pois crêem que mudando as suas vidas praticando a leitura crítica, ouvindo a boa música e investindo no seu futuro, mudam a triste realidade em que se vive. O Brasil moderno é isso: sanguessugas, mensaleiros, fichas sujas, corruptos e ladrões se dizem autoridades, ganham milhares e milhões de votos da massa ignara, participam de governos, vêem na Rede Globo a salvação nacional e enquanto surrupiam o nosso dinheiro e os nossos sonhos nos fazem acreditar que nos ajudam. Os jovens da Praça Tahrir no Egito derrubaram um governo de 30 anos movidos pela vontade de mudar, de conhecer o novo, de acreditar em dias melhores. Aqui os nossos jovens não derrubam nem Roberto Sobrinho, votam no Tiririca e filosofam espirrando em frente a ventiladores. E pensar que muitos deles são o futuro deste país. O Egito de hoje é a França de 1968, o Irã de 1980, a Palestina de sempre e o Brasil de nunca. Quando me aposentar, saio daqui. Vou morar na Bolívia.
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