Acidentes é o que mais se vê em Porto Velho, ultimamente. Fala-se em muito em sinalização ? ou no caso, a falta dela ?, fala-se em trânsito carregado, ruas esburacadas, e tantos outros problemas que contribuem para que a capital do Estado de Rondônia tenha índices (perdoe-me a palavra esdrúxula e em desuso), alarmantes.
Ano passado, a pressão foi tanta em cima da atual secretária titular da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito, Fernanda Moreira, que em sabatina realizada no Ministério Público de Rondônia, foram dados prazos e cobrados resultados imediatos.
Em entrevista a uma rádio da capital, a Secretária disse que ?os transtornos por que passa a capital porto-velhense é fruto de um emaranhado de mudanças necessárias para que possamos usufruir, muito em breve, de um instante melhor?.
Fora isso, no mês de agosto, ainda disse que R$ 5 milhões seriam destinados à capital para melhorar o trânsito, principalmente no quesito: sinalizações. Estamos no mês de novembro, três meses depois, e até agora, nada.
Agora, sejamos sinceros: de quem realmente é a culpa? Podemos contar mesmo com a possibilidade de que sempre o poder público irá exercer todas as melhoras que necessitamos para nós em nosso dia-a-dia, ajudando a preservar a minha e a sua vida, sem fazer esforço algum? Não contem com isso.
Nas mãos das pessoas erradas, que esqueceram de alinhar a idade mental à idade física, um carro, uma moto, ou até mesmo uma bicicleta (por que não?) podem ser armas letais, e estão aí todos os dias as notícias que preenchem o rol de desastres do Estado de Rondônia.
É muito mais fácil apontar o dedo indicar para a Secretária de trânsito ou até mesmo a Prefeitura (para os que preferem culpar à esmo), e ignorar os bêbados, drogados, irresponsáveis e mauricinhos que andam pra cima pra baixo sem nenhum pudor, cometendo crimes ? ou andando livres até que cometam algum?, e tendo a certeza da impunidade.
É óbvio que não podemos deixar de cobrar. Afinal de contas, o máquina político-administrativa está aí para que o nosso dinheiro retorne em forma de benfeitorias públicas. Entretanto, antes de reivindicarmos os nossos direitos, é bom que comecemos a avaliar o nosso comportamento: apesar do jargão ser clichê e soar bobo, para ter direito, tem que cumprir seus deveres de cidadão, e agir com sabedoria e bom senso é um bom começo, a não ser que você queira para toda ocasião, caçar um culpado que não você mesmo.