A greve nacional dos bancários se encerrou há uma semana, conquistando aquilo que a Contraf/CUT considera como ganhos reais e consideráveis dos últimos 20 anos. No entanto, os bancários do Banco da Amazônia continuaram o movimento paredista porque o banco federal, de atuação regional, se negou a atender as reivindicações específicas desta categoria.
Em Rondônia, somente a agência de Guajará-Mirim ‘furando a greve’ – contemplando 90% das agências do BASA fechadas no Estado - mas dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro (SEEB/RO) vão àquele município orientar os trabalhadores a aderirem ao movimento.
Segundo a diretoria do SEEB, houve um reforço na greve do BASA em Porto Velho, já que mais trabalhadores foram convencidos – em reunião com o Sindicato – sobre as distorções da proposta apresentada que privilegia apenas os altos executivos do banco.
O Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) - órgão de assistência direta e imediata ao Ministério do Planejamento, autorizou o Banco da Amazônia a manter o montante de 9,25% do lucro da instituição para o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), sendo que a distribuição seria em um novo formato, diferente do ano passado: do montante, 50% do lucro líquido seria distribuído linearmente e 50% proporcional aos salários. Além disso, o DEST também autorizou o Banco da Amazônia a abonar 50% dos dias parados durante a greve e a compensar os 50% restantes no mesmo formato que foi acordado com o BNB.
Porém, a direção da instituição informou que não tinha conhecimento da referida reunião - realizada com a Contraf – logo, não tinha autorização do DEST para proceder a negociação da proposta com as entidades sindicais.
Em vez disso, a direção do BASA tentou, na terça-feira (19/10), comprometer o movimento, quando ajuizou na Justiça do Trabalho um dissídio de greve na tentativa de impedir a continuidade do movimento e forçar os bancários a voltarem ao trabalho.
O banco teve seu pedido indeferido e, portanto, os dirigentes sindicais de toda a região Amazônica intensificam a greve, que chega agora ao seu 22º dia.
“O apoio do Sindicato aos bancários em greve é fundamental para podermos equiparar as conquistas de toda a categoria para os trabalhadores do BASA. Repudiamos ainda essa conduta intransigente e mesquinha dos executivos do banco, que buscam mais vantagens às custas dos trabalhadores”, disse o presidente do SEEB/RO, Cleiton dos Santos.