Na noite de segunda-feira (18) a TV Candelária (Record) realizou o 2º debate na caminhada do segundo turno para a eleição a governador do Estado, entre os candidatos João Cahulla (PPS) e Confúcio Moura (PMDB). Como no primeiro debate, realizado anteriormente pela SGC (Rede TV), o embate entre os dois candidatos foi mesclado entre propostas, acusações mútuas e apontamentos do candidato Cahulla em referência a alianças consideradas por ele como uma volta ao “passado negro”.
Ainda no primeiro bloco com questionamentos dos jornalistas José Carlos de Sá e Sérgio Pires, os dois candidatos mostraram que o nível do debate seria o mesmo do anterior, com cada um apontando mazelas e calibrando em críticas. A que mais chamou a atenção foi quando o candidato do PPS em referência a resposta de Confúcio sobre cargos indicados ao seu futuro governo, caso fosse eleito, e ele disse que apenas duas pessoas teriam cargos garantidos, o governador e o vice, pois foram eleitos pelo povo, outros cargos indicados para secretarias e chefias de órgãos seriam nomeadas pessoas capacitadas e técnicos responsáveis. Foi nesse ponto que Cahulla não mediu palavras e fez severas críticas a Confúcio pelas alianças que estava fazendo, citando exclusivamente o fato do candidato estar no mesmo palanque ao lado do ex-deputado Carlão de Oliveira, lembrando que ele fora responsável por um rombo na Assembléia Legislativa em 70 milhões de reais e que foi preso na “Operação Dominó”, em 2006. João Cahulla citou o
vídeo onde aparece Confúcio ao lado de Carlão, que o apoia e leva votos na zona da Mata.
“Eu não sei o que ele vai fazer com esse povo todo caso seja eleito, mas Rondônia não quer a volta ao passado negro. Eu insisto, não precisamos disso. O povo quer um governo que trabalhe e tenha pessoas sérias e não uma volta de gente que só prejudicou o Estado”, disse Cahulla.
Em réplica Confúcio evitou falar de Carlão de Oliveira como aliado político, mas criticou a postura do candidato do PPS . Em outro momento ao falar que Confúcio tem apoio e aliados com pessoas que prejudicaram o Estado, citando o caso da falência do Beron, no governo de Valdir Raupp (PMDB), e a demissão de 10 mil servidores públicos, no governo de José Bianco (DEM), o candidato Confúcio insistiu que esse seria um passado esquecido e que a população não deve remontar o que houve em governos anteriores.
O candidato peemedebista ainda insiste no modelo de gestão no município de Ariquemes, onde fora prefeito, ressaltando projetos e obras ali realizadas pelo seu governo, no que foi muito criticado por Cahulla, que citou mazelas e discorreu situações contrárias da avaliação sempre positiva de Confúcio, apontando problemas no setor de moradia, estrada e os salários baixos dos servidores.
As propostas dos dois candidatos foram em cima de temas como saúde, educação, melhorias no setor social, entre outros temas. Apesar de alguns problemas técnicos no áudio, citado inclusive pelo mediador, Léo Ladeia, o debate foi mais um round entre Cahulla e Confúcio, onde o que ficou evidente é que os candidatos devam acirrar ainda mais suas campanhas até o dia da votação.