O Prefeito de Cacoal Padre Franco Vialetto (PT) destacou a importância de o município ter sido visto em rede nacional de televisão, quinta-feira passada, dia 23, quando foi noticia no JN no Ar, por ter sido a cidade sorteada pela Rede Globo. Mesmo estando cumprindo agenda em São Paulo, Franco Vialetto acompanhou todo o programa, salientando que a realidade foi mostrada com um povo pioneiro, humildade e trabalhador que com esperança faz parte do desenvolvimento, crescimento e planeja o futuro, enumerando as parcerias com os diversos segmentos organizados para o fortalecimento do município.
Franco falou das ações plantadas, que já começam a dar frutos, ficando muito satisfeito por a cidade ser pólo na área de saúde, agronegócio, pecuária e principalmente educação. Acompanhe um pouco da reportagem produzida por Ernesto Paglia, exibida no JN no Ar, na noite do dia 23.
Cacoal é uma cidade jovem. Ela fica a 210 quilômetros de Vilhena, tem apenas 32 anos e é uma cidade de jovens também. É um grande e importante pólo universitário da região central de Rondônia. Cacoal aparece no horizonte. Grande e próspera, mesmo vista de cima. A pista é maior que a de Congonhas, em São Paulo, mas o aeroporto ainda não tem equipamentos.
O mesmo acontece com o hospital regional. O prédio ficou pronto depois de 20 anos em obras, mas ainda está vazio. Outro hospital foi erguido pelo esforço da comunidade, da igreja e doações da Itália, mas ainda falta R$ 1,2 milhão para completar a obra.
Cacoal está implantando o primeiro aterro sanitário do estado, para substituir o lixão.
A cidade é centro comercial da região. O segundo produtor de café de Rondônia.
Tem o quarto rebanho bovino, que abastece quatro frigoríficos da cidade. O mais antigo é criação do açougueiro paranaense Adilton Notário. “Deu muito mais certo do que eu pensava”, contou ele.
Cerca de 3,5 mil índios vivem nas duas reservas do município. Um centro cultural pertence aos surui-paiter. O líder Almir Surui está na Suíça. O diretor do centro, Chicoepab Suruí, diz que a tribo já não autoriza o desmatamento, como aconteceu até o ano passado.
“A intenção é que até 2013, plante mais de 300 mil mudas de plantas nativas da região mesmo”, disse ele.
A vida de Cacoal é marcada pela presença de mais de 7 mil universitários. Tem 32 cursos na cidade, até de Medicina. E muitos são de fora.
A economia de Cacoal fatura com os 60% de universitários que vêm de fora. “Estou estudando o segundo período de medicina. Pago um pouquinho caro, R$ 3 mil e pouco”, contou uma aluna.
Muitos pagam R$ 300 por mês em quitinetes nos mais de 20 pequenos prédios construídos só para alugar.
“Tem que aprender. Mamãe já ensinou tudo direitinho para quando vir não passar nenhum tipo de necessidade. Por causa dos hospitais talvez seja melhor ficar pra cá porque estão abrindo várias áreas, várias portas pro curso. Cacoal está cuidando do presente e apontando um futuro melhor”, garantiu a estudante de fisioterapia Leydianne de Lima.
O lugar acolhe bem quem vem de fora. Cuiabano e Douradense que o digam.