Numa reunião realizada nesta terça-feira, no miniauditório do Tribunal de Justiça, em Porto Velho, foi discutida a criação de uma Brigada de Incêndio no prédio-sede do Poder Judiciário de Rondônia. Coordenado pela Secretaria Administrativa do TJRO, o encontro reuniu vários setores estratégicos para a realização do serviço, que definiu os próximos passos para a formação da brigada na sede do TJRO.
Segundo o secretário administrativo do TJRO, Leonardo Donato, o primeiro passo é preparar a instituição para a formação dos brigadistas e a estrutura para a instalação da Brigada. Atualmente, no edifício-sede do TJRO, trabalham mais de 800 pessoas, em seis andares. "Nós queremos dar mais segurança a todos", destacou Donato. Para o secretário, a parceria com o Corpo de Bombeiros Militar e com a Brigada do Ministério Público do Estado já são avanços essenciais para o sucesso da iniciativa. Ele ainda destacou que essa brigada terá o objetivo de disseminar a prevenção a incêndios e promover a instalação de outros grupos em todos os prédios do Judiciário no Estado.
Segundo o chefe da Divisão de Apoio Administrativo do MPE/RO, coronel Francisco Gomes Andrade, todo o suporte técnico para a formação da brigada no TJRO será dado por ele, que tem larga experiência no assunto e coordena a Brigada no MP, a única do Estado instalada num órgão público. "O que causa pânico é o desconhecimento", afirmou o coronel. O militar disse que com a formação da brigada, disseminação das informação e as simulações de incêndio, as pessoas acabam internalizando que, na hora do perigo, há um procedimento a ser seguido, o que previne confusões e histerias que podem por em risco a atuação de quem combate o fogo.
Verticalização
O crescimento estrondoso das construções verticais (prédios) em Porto Velho é motivo de preocupação constante para o Corpo de Bombeiros, que já agiliza junto ao governo do Estado a aquisição de uma escada magirus, utilizada para combater o fogo em construções com mais de dois andares. Segundo o tenente coronel bombeiro Gilvandes Gregório, atualmente 10 mil e 800 pessoas vivem ou trabalham em prédios na capital de Rondônia. São 181 construções verticais e mais 46 em construção. "Isso gera uma preocupação, desde o planejamento da construção, na própria obra e na manutenção e fiscalização dos mecanismos de autoproteção desses edifícios", explicou o bombeiro militar.
Segundo ele, além de escadas de incêndio, detectores de fumaça e outros cuidados técnicos nesses prédios, as brigadas de incêndio são essenciais para a formulação e execução de planos de atuação durante possível situação de pânico. Além disso, informou o coronel, a instalação da brigada diminui até o valor pago para seguros contra incêndios.