“O que as pesquisas têm mostrado de fato é que ninguém está se destacando”, disse tranqüilo o candidato ao governo da coligação “Aliança por uma Rondônia melhor para todos” (PMDB, PDT, PCdoB, DEM e PRTB), Confúcio Moura (PMDB), nesta quarta-feira (01), em entrevista ao apresentador do programa “Câmera 11” Léo Ladeia, da TV Candelária (Rede Record), ao comentar os números do Ibope divulgados na véspera.
De acordo com a sondagem do instituto, Confúcio Moura aparece como segundo colocado na preferência do eleitorado, ao lado do candidato tucano e atrás do candidato governista, os três tecnicamente empatados na faixa de 22% a 24% das intenções de voto.
“Esta será uma eleição em dois turnos e, neste momento, o eleitor está medindo os candidatos com fita métrica. Pelas pesquisas nós estamos no segundo turno, mas o importante mesmo é vencer a eleição”, acentuou Confúcio.
Em sua avaliação, o número de candidatos envolvidos em processos ajuda a aumentar a massa de indecisos, que aguarda um posicionamento definitivo da justiça. “No meu caso, fui um dos primeiros a ter a candidatura aprovada pela justiça. Podem votar sem medo”, convocou.
PROPOSTAS
O candidato da “Aliança” falou sobre sua forma de governar e seus planos para a saúde, segurança pública, educação e geração de empregos. Segundo ele, um governador deve ter a habilidade de estar sempre a tento e mostrar-se sensível às grandes necessidades. “A população sabe o que quer. Sabe, por exemplo, que a saúde não está boa, que o índice de violência está muito grande e que precisa de empregos”, exemplificou.
Um grande problema, segundo Confúcio, é o crescente envolvimento de jovens com drogas e crimes como o furto. “De imediato, precisamos oferecer tratamento aos jovens que queiram ser assistidos. E na área da segurança para valer, vamos colocar a polícia nas ruas. Só a presença policial reduz a criminalidade”, observou.
Segundo ele, a Segurança Pública deve investir, sobretudo, na inteligência e na ação científica. Nesse particular, porém, o aparelho policial tem se restringido a “grampear telefones para bisbilhotar a vida alheia. Se sou oposicionista, com certeza já fui bisbilhotado”, brincou.
SAÚDE
Na área da saúde, o candidato identificou como um dos grandes problemas a falta de acolhimento adequado nas unidades hospitalares. “Não se respeita a dor do paciente. É preciso receber bem, fazer a triagem e dar as informações necessárias com atenção e com respeito”.
Outro ponto citado por ele foi o gerenciamento da estrutura pública do setor que, “por envolver grandes somas, compras, materiais e pessoal, não pode ser entregue às mãos de uma pessoa que não tenha qualificação”.
Como alternativa para melhorar o atendimento nas cidades e acabar com o intenso trafego de ambulâncias na BR-364, Confúcio disse que o Estado pode celebrar convênios com clínicas particulares.
REFORMA
Para aumentar os índices de investimentos do Estado, hoje estacionados entre 4% a 5% da receita líquida, o candidato aliancista defendeu uma reforma administrativa, com o objetivo de ajustar as contas, de forma a ampliar a capacidade de investimento para algo entre 10% a 15%. “Precisamos ter coragem e sensibilidade para investir em obras e ações na área social, da ordem de R$ 600 milhões ao ano. Isso é possível, desde que acabemos com os excessos existentes na máquina”, opinou.