Cerca de 60 dias sem chuvas em Vilhena e os incêndios tomam proporções alarmantes que, além de piorar a qualidade do ar, gerando riscos a saúde, provocam acidentes e degradam o meio ambiente. Segundo o diretor regional da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sedam) em Vilhena, José Trindade Lobato, não há nada que se possa fazer.
De acordo Lobato, nenhuma queimada foi autorizada neste ano pela Sedam nem pelo IBAMA. Os incêndios que ocorrem são acidentais ou mesmo por falta de consciência de quem os provocou. Segundo ele, a função da Sedam é fiscalizar os focos, receber os boletins de ocorrências e encaminhar para o Ministério Público, a quem cabe fazer a investigação. Mas, nos casos de incêndios, é praticamente impossível encontrar culpados. “Via de regra, não se encontra o autor do fogo”, disse.
Lobato explica ainda que a Sedam possui ações de educação ambiental, agindo nas escolas e comunidades rurais. Mas quanto às queimadas, ele diz que a causa maior é a baixa umidade relativa do ar. “É preciso esperar chover”, argumentou.
No site do Sedam, há informações de que 649 focos de calor foram registrados em Vilhena no mês de agosto, pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE). Em todo o estado, mais de seis mil focos foram registrados.
MÚLTIPLAS OCORRÊNCIAS:
Enquanto São Pedro não resolve o problema, o Corpo de Bombeiro e a população vão tendo muito trabalho para combater o fogo. A imagem que ilustra esta reportagem mostra um incêndio ocorrido na noite da segunda-feira, nas imediações do Posto Miriam, à margem da BR 364. As chamas atingiram postes de energia, e por pouco não atingem uma oficina mecânica.