Preocupado com os confrontos ocorridos entre a Polícia Militar e moradores do bairro Aponiã, durante ação de reintegração de posse na última terça-feira (6), próximo à Estrada da Penal, em Porto Velho, o governador João Cahulla reuniu-se com uma comissão formada pelos deputados estaduais Walter Araújo e Ribamar Araújo, além de vereadores da capital, em busca de uma solução pacífica para o cumprimento da sentença.
Na manhã desta quarta-feira (7), por determinação do governador João Cahulla, reuniu-se na Secretaria de Segurança Pública, o Gabinete de Gestão Integrada – GGI/RO, formado pelo Secretário de Segurança, Defesa e Cidadania, Evilásio Sena; a secretária da Semur, Semayra Gomes Moret, da Prefeitura de Porto Velho; pelo delegado Rodrigo Bertani, da Polícia Federal; pela coronel Angelina Ramires, comandante da Polícia Militar; pelos delegados Moriô Ikegawa e Thiago Flores, da Polícia Civil; pelo procurador Ademir José de Sá, representando a Procuradoria Geral de Justiça, e os promotores Mauro Tomal, Ademir de Sá e Aluildo de O. Leite, do Ministério Público, além do superintendente da Agência Brasileira de Inteligência, Paulo Sérgio A. de Souza, com o intuito de remover os obstáculos então existentes para cumprir a ordem judicial sem prejuízos físicos aos moradores, o que certamente teria conseqüências ainda mais graves.
A grande preocupação da comandante da Polícia Militar, coronel Angelina Ramires, era com o fato de que algumas pessoas, provavelmente querendo se aproveitar de um momento difícil para os moradores, incitava a população daquela comunidade a enfrentar a tropa policial com as armas que tivessem disponíveis, tanto que o policiamento foi alvejado com paus e pedras, além de que, foram apreendidas armas de fogo e munições ilegalmente em poder dos moradores durante a operação. “Felizmente as armas não foram disparadas contra a tropa, o que teria conseqüências mais sérias ainda”, afirmou preocupada a comandante da PM com as centenas de famílias que ali se encontravam.
Durante a reunião GGI foi decidido que a Prefeitura de Porto Velho, que já havia criado condições de infra-estrutura para os moradores, mesmo sem que os mesmos possuíssem título de propriedade, providenciasse o decreto de utilidade pública e de desapropriação da área não reintegrada, além de uma petição ao juiz que preside a ação ainda nesta quarta-feira (7) solicitando a suspensão da ordem de reintegração da área.
“Toda esta movimentação foi para evitar um novo conflito que pudesse agravar ainda mais a situação daqueles moradores e buscar uma saída pacífica para todos”, explicou a coronel Angelina, reafirmando que o policiamento foi acionado para o cumprimento de uma ordem judicial. “A Polícia Militar estará sempre de prontidão para manter a ordem e cumprir a Lei”, finalizou.