Nessa ultima semana representantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) reuniram-se em Mutum-Paraná, distrito de Porto Velho, para discutir sobre a questão do impacto social e das propostas de transferência dos moradores que estão na área de construção da usina de Jirau para outras localidades.
Segundo alguns moradores, a comunidade resolveu realizar a reunião devido uma grande porcentagem de pessoas que não estão sendo devidamente informadas sobre as propostas oferecidas pelo Consórcio que está construindo a usina. Muitos deles se queixam que os representantes do consócio se negam debater sobre pontos importantes e de interesse da comunidade no que diz respeito a indenizações e equivalência nas propriedades oferecidas para a troca.
Alem dos moradores estiveram presentes na reunião lideres comunitários, e uma representante da Comissão Pastoral da Terra, Irmã Zezé. Eles falaram para os moradores sobre a necessidade de toda a comunidade se unir em função de exigir seus direitos e terem suas vontades atendidas ou pelo menos debatidas com os representantes das usinas.
“A empresa passou nas casas, mentindo que não haveria reunião para a população. A empresa não quer se reunir com o MAB, vamos encaminhar as deliberações dessa reunião para o presidente Lula, o consórcio tem obrigação de negociar com o MAB”, afirmou o sindicalista Companheiro Elias.
Os representantes do movimento alegam que estão prontos para levarem adiante as pautas debatidas na reunião e que aguarda um posicionamento dos responsáveis por essa questão.