PÃO DE GELO - Consórcio de Jirau não comenta compra de pão em Mato Grosso

Da Redação

17 de Fevereiro de 2010 às 16:13

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PÃO DE GELO - Consórcio de Jirau não comenta compra de pão em Mato Grosso

Foto: Divulgação

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A denúncia de que o consórcio que está construindo a Usina de Jirau estaria comprando pão congelado em Cuiabá (MT) em detrimento dos panificadores locais foi ignorada pela diretoria local.

Segundo a assessoria de comunicação do grupo empresarial, a reportagem não será comentada. Também não será publicada nenhuma nota de esclarecimento.

Ao que parece, a empresa que constrói a segunda maior Usina Hidrelétrica do Brasil, não deve satisfações ao povo e empresariado lrondoniense que fez a denúncia ao Rondoniaovivo.

SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO

Uma denúncia “quentinha” aportou no Rondoniaovivo na tarde de quinta-feira (11). Na pauta um novo motivo para desacreditar o discurso dos representantes dos Consórcios que constroem as Usinas do Rio Madeira, que propalaram aos quatro cantos do Estado que dariam preferência para os produtos e mão de obra rondoniense.

Desta vez, empresários do ramo da panificação local afirmam que foram trocados por uma empresa do Mato Grosso, que envia para Porto Velho todos os dias, milhares de pães “tipo francês” congelados, via carreta frigorífica.

A empreiteira Camargo Correa, principal construtora da Usina de Jirau estava sendo atendida por uma panificadora da capital, além de outras pequenas do distrito de Jacy Paraná, nas proximidades do mega empreendimento. De uma hora para outra, sem explicação plausível, começaram a trazer o “pão nosso de cada dia” de Cuiabá (MT), distante cerca de 1600 km do canteiro de obras. O fabricante do pão importado é a cuiabana - Pão e Arte – Frozen Bread.

Com a compra do pão “de gelo”, cerca de 50 famílias em Rondônia foram prejudicadas, direta e indiretamente. O discurso de barateamento do produto ou até de melhor qualidade não condiz com os argumentos alardeados pelos diretores do Consórcio, muito menos com a realidade rondoniense, que possui excelentes panificadores e cursos profissionalizantes de alto gabarito.

NOS BASTIDORES

Circula um rumor no meio do empresariado local, principalmente entre os pequenos e médios empreendedores, que as grandes construtoras das hidrelétricas Santo Antônio e Jirau não estão nem ai para os "locais".

Segundo um leitor do Rondoniaovivo, “o negócio é dar cada dia mais espaço para as empresas "carrapatos". Aquelas que acompanham os dirigentes por onde eles vão. Normalmente são parentes, conhecidos ou coligados. A desculpa é sempre a mesma: "não há mão de obra qualificada.".

JIRAU

A empresa que está fornecendo pão “de gelo” ao canteiro de obras, construiu uma assadora nas proximidades da cozinha. No local, apenas duas pessoas para cuidar do forno estariam trabalhando. Constantemente, trabalhadores reclamam do sabor e de possível azedume do produto.

SEGURANÇA

Outro ponto que está causando descontentamento em relação a obra de Jirau vem dos trabalhadores, que afirmaram estarem sendo tratados com truculência pelo chefe de segurança patrimonial, um policial aposentado de prenome Joel, oriundo das fileiras da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Joel seria protagonista de diversos casos de abuso de poder contra trabalhadores de Rondônia. Recentemente, três porteiros que reclamaram de comida azeda fornecida pela empresa foram demitidos. Os trabalhadores foram “escoltados” pelo chefe de segurança, que não é aberto ao dialogo. Uma fonte garante que Joel pensa estar cuidando de presos do Urso Branco, tamanha é sua “performance” no trato com os operários.

O Governador do Estado Ivo Cassol deve imediatamente pedir para a Polícia Civil de Rondônia investigar esta denúncia e comprovado os rompantes de hombridade do mesmo e das suas cenas de humilhação aos barrageiros, o referido cidadão deve ser escoltado até a fronteira do Estado e colocado para fora do convívio do povo ordeiro e trabalhador de Rondônia.

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