O Vírus da Imunodeficiência Humana, conhecido popularmente como HIV ou AIDS, ainda persiste em ser um tema tabu dentro das famílias brasileiras. Mesmo nosso país sendo conhecido no mundo todo como a nação do carnaval e da folia e com as programações televisivas e peças publicitárias muitas vezes expondo à grande massa uma linguagem de liberdade sexual, quando temas com a AIDS são levantados vemos um medo nas pessoas em comentar o assunto.
O carnaval brasileiro já virou uma espécie de patrimônio do nosso país, a alegria toma conta do povo, porém as conotações sexuais passadas durante os três dias de folia apoiadas com o consumo excessivo de álcool e a extrema sensação de liberdade que as pessoas sentem nesse período acabam transformando a festa em algo bastante perigoso.
Todos os anos o Governo Federal, junto com os municípios realizam campanhas de prevenção da AIDS no período do carnaval. Esse ano, por exemplo, a campanha nacional irá trazer a atriz Luana Piovanni informando a população sobre a importância da camisinha, o governo já anunciou que tem como meta distribuir mais de um bilhão de camisinhas em 2010.
Além da conscientização do uso da camisinha, a campanha também irá alertar a sociedade sobre a importância de realizar o teste de HIV. Muitas vezes uma pessoa adquire o vírus e sem saber transmite para o seu parceiro, isso ocorre por medo de realizar o teste, ou até mesmo não dar a devida atenção necessária após realizar alguma atividade sexual considerada de risco.
Na manhã desta quarta-feira (10), foi iniciada a campanha contra a AIDS para o carnaval 2010 em Porto Velho. De acordo com o
secretario adjunto da SEMUSA (Secretaria Municipal de Saúde) Luiz Eduardo Maiorquim, os principais eventos e blocos carnavalescos da capital contará com a presença de um stander que irá distribuir preservativos e informar sobre o controle do HIV.
“Iremos trabalhar em todos os pontos da cidade, estaremos a partir da quinta-feira no bloco Galo da Meia Noite e terminaremos nosso trabalho apenas no ultimo dia de carnaval em Porto Velho”, afirmou Luiz Maiorquim.
A secretaria tem como previsão distribuir mais de 150 (Cento e Cinqüenta Mil) camisinhas para os foliões de Porto Velho.
Outro ponto informado pelo secretario é que além do aumento do risco da transmissão do vírus HIV, o carnaval também é um período em que a procura aos postos de saúde e policlínicas aumentam, devidos a acidentes ocasionados no perigo.
O grande problema é que as policlínicas de Porto Velho já vêm sofrendo com sobrecarga de pacientes devido ao grande número de pessoas com suspeita de dengue na capital, por esse motivo o carnaval poderá trazer um pequeno caos no local.
Porém Luiz Maiorquim afirmou que as policlínicas irão ter um potencializarão nos seus efetivos durante o carnaval e a comunidade poderá ficar tranqüila.
“Vamos disponibilizar duas ambulâncias da SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para acompanhar os blocos, além de aumentar o número de atendentes nas policlínicas próximas aos blocos que desfilarão na zona Norte, Sul e Leste de Porto Velho”, concluiu Luiz Maioquim.