A dependência química é um dos males que mais afetam a sociedade moderna, a questão do vicio passou a ser mais latente nessa ultima década, onde o consumo de drogas como álcool, crack e outros derivados químicos se transformaram em uma das principais fontes de agressividade, violência familiar e abandono da conduta moral do homem perante a sociedade.
Dentro desse contexto a OMS (Organização Mundial de Saúde) passou a encarar a dependência química como uma doença grave. Porém os gestores políticos brasileiros parecem não querer levar a serio essa questão.
No Brasil o governo investe na municipalização do tratamento em uma tímida estrutura de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), porém ainda não é suficiente para atender um mal que atinge quase 15% da população brasileira.
Embasado nesses números os setores privados e pessoas físicas vem fazendo o que podem para poder ajudar pessoas presas na dependência, a fim de diminuir os que ela causa a toda estrutura social.
Foi nesse pensamento que Jose Reis, após passar por problemas de dependência dentro de casa resolveu se mobilizar e fundar a Associação Beneficente Vida e Esperança, criada no intuito de elaborar uma casa de tratamento para dependentes exclusivo para mulheres em Porto Velho.
“Primeiro eu tive a idéia de começar com uma casa de tratamento para ambos os sexos, porém fui percebendo que as mulheres muitas vezes são deixadas de lado e também é mais difícil para uma mulher assumir o seu vicio”, disse Jose Reis.
Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo as mulheres dependentes químicas estão mais propensas a realizarem sexo de risco, ficando vulneráveis a doenças venéreas e agressão por parte de seus parceiros.
O comparativo de mulheres dependentes químicas entre homens é quase o mesmo, hoje a droga é acessível a todos os sexos, e muitas vezes a angustia e pressão sofrida pelas mulheres as leva ao uso compulsivo de entorpecentes.
O trabalho da casa de tratamento também será realizado dentro da residência dessas mulheres e terá todo o acompanhamento de profissionais capacitados na área da psicologia feminina.
“Vamos começar o atendimento na casa de tratamento com 15 vagas, estamos abrindo as portas com dinheiro totalmente privado, contamos com o apoio de alguns empresários, porém dependemos de mais ajuda para podermos desenvolver um trabalho amplo e profundo para a recuperação dessas mulheres”, afirmou José Reis.
A casa de recuperação já está com data marcada para abrir as portas, dia 15 de fevereiro de 2010, os idealizadores do projeto esperam receber todo o apoio possível para dar continuidade a essa idéia e quem sabe dobrar o numero de atendimento as mulheres dependentes químicas.
“Aguardamos que os gestores municipais apóiem essa idéia e consigam disponibilizar um terreno maior para podermos atender as mulheres”, disse Jose Reis.
Para todas as pessoas que tiverem vontade de ajudar a casa de recuperação feminina, podem entrar em contato pelos telefones: 0698403-3368/3227-0302.
“Qualquer ajuda é bem vinda, esperamos que a comunidade se mobiliza e entenda que a dependência química é um mal que acaba com a família e a sociedade em um sentido totalmente amplo”, concluiu Jose Reis.