A informação foi passada pelo superintendente substituto para Rondônia e Acre do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), engenheiro Emanuel Leite Borges, durante audiência pública ocorrida na manhã desta sexta-feira (08) no auditório do órgão em Rondônia. A audiência serviu para prestar informações técnicas à sociedade sobre a construção da ponte sobre o rio Madeira na BR 364 que será construída no distrito de Abunã (cerca de 200 km distante de Porto Velho) e vai interligar Rondônia ao Acre.
Além de interligar os dois estados, a ponte fará parte do complexo de integração com os outros continentes através da saída para o Pacífico. Esta tem sido uma das principais lutas do nosso atual diretor de Planejamento e Pesquisa, Miguel de Souza, que desde os anos 80 vem lutando por este projeto incansavelmente. Agora, com a presença dele no DNIT estamos executando e tornando realidade esse sonho, lembrou Emanuel Borges ao fazer os agradecimentos às pessoas importantes na concretização do projeto. Borges também ressaltou o empenho das bancadas federais dos dois Estados que foram fundamentais para a alocação de verbas na ordem de R$ 150 milhões para a concretização da obra.
Segundo o superintendente, o DNIT já possui a Licença de Instalação emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sedam) e pode dar continuidade ao processo licitatório, que definirá a empresa vencedora para a construção da ponte. No decorrer do processo haverá ainda uma nova audiência pública para apresentar os Estudos de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) que estão sendo executados pela Universidade Federal do Paraná.
Sobre a ponte
De acordo com o coordenador substituto da Diretoria de Planejamento e Pesquisa do DNIT de Brasília presente na audiência, Edmarques Pereira Magalhães, a ponte sobre o rio Madeira, na BR 364, terá 3,84 km de extensão (incluindo os acessos), sendo a ponte com uma extensão de 1,80 km. Ela estará localizada cerca de 500 metros abaixo de onde atualmente é feita a travessia de balsa. As variantes que compõe a mudança do percurso da BR são de 1,88 km do lado do distrito de Abunã e 0,88 metros do outro lado do rio. O custo total estimado é de R$ 150 milhões.
O local foi determinado pela equipe técnica em função da extensão do rio que é bem menor que o ponto onde é feita a travessia, uma vez que ali, o rio Abunã desemboca no Madeira e também pela presença de uma ponta de ilha que pertence à Bolívia. ?Se fosse localizada neste ponto, a ponte teria quase o dobro do tamanho apresentado no projeto, ressalta Emanuel Borges.
A ponte terá 12 metros de largura, com barreiras New Jersey, um vão sobre o leito do rio de 1,70 km que será construído através de aduelas (vigas e lajes que se juntam) em avanço sucessivo a partir dos dois pilares das extremidades, e os vãos menores construídos em vigas pré-moldadas de concreto. No leito do rio, para respeitar a navegação, a ponte terá um gabarito de 20 metros de altura calculados sobre a máxima da cheia do Madeira naquele ponto.