A Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Projetos e Obras Especiais (Sempre) trabalha na elaboração de um novo edital para contratação de uma nova empresa que ficará responsável pela conclusão das obras do Restaurante Popular. A medida tem por objetivo garantir o término da obra e principalmente colocar fim aos transtornos causados aos agricultores que comercializam alimentos na Feira do Produtor Rural, onde o empreendimento está sendo erguido.
O Restaurante Popular começou a ser construído em 2007 e deveria ter sido inaugurado no final de 2008. Sua construção, segundo almeja o prefeito Roberto Sobrinho, vem consolidar e promover a integração com a Feira do Produtor Rural e o Shopping Popular. O restaurante vai servir mil refeições dia e o que é mais importante, a preços populares. “E, além disso, todos os produtos, como verduras, legumes e grãos que serão utilizados na preparação das refeições serão comprados dos próprios agricultores da feira”, afirmou o prefeito.
IMPREVISTOS
Segundo José Carlos Gadelha, secretário municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (Semdestur), a nova licitação deverá ser lançada em fevereiro. “Vários foram os fatores que contribuíram para o atraso da obra, mas os principais foram o rompimento da galeria de esgoto sanitário que fica nas proximidades da Feira, que ocasionou a suspensão dos trabalhos por quase um ano e também a saúde financeira da empresa contratada para execução do projeto”, explicou Gadelha.
Para a secretária municipal de Agricultura (Semagric), Josélia Saraiva, a anulação do contrato com atual empresa prestadora do serviço é uma medida extremamente necessária tendo em vista os inúmeros transtornos gerados aos trabalhadores rurais que comercializam a produção naquele espaço. “É lamentável tudo o que está acontecendo ali. Antes do início dessa obra, os agricultores contavam com espaço bem estruturado, com 12 banheiros, masculino e feminino, hoje, só há um improvisado, sem a menor condição de uso”, desabafou Josélia.
A preocupação da secretária vai além da falta de condições de trabalho no local, mas principalmente aos prejuízos financeiros causados aos produtores já que devido às obras, grande parte da população acha que a feira está fechada e por isso deixaram de freqüentar o local. “Por tudo isso, alguns agricultores migraram para outros locais, outros insistem ficar ali porque não terem alternativa”, lamentou a secretária.