O Centro Regional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) em Porto Velho será sede, nesta sexta-feira (11), da 7ª Reunião do Comitê Gestor Interministerial da BR-319, a primeira realizada na Amazônia. O Comitê foi criado pela Portaria Interministerial número 1, de 19 de março deste ano, e sua existência é uma das exigências do Ibama para a emissão da licença prévia do trecho da rodovia que vai do quilômetro 250 ao 655,7. Em reuniões mensais como esta, é avaliado o andamento dos trabalhos do grupo.
Participam da atividade representantes de órgãos públicos federais e estaduais que integram o comitê, como ICMBio, Ibama, Incra, Sedam, Funai, DNIT, Exército, Polícia Federal e Ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário e dos Transportes. A Casa Civil e o Sipam também integram a equipe.
Antes da reunião, marcada para às 14h desta sexta, a comitiva visitou durante dois dias o Projeto de Assentamento Novo Oriente, em Humaitá, e a Comunidade Realidade, além de conferir a situação de trechos das BR 319 e 230. “Queremos conhecer a realidade da rodovia no local para darmos prosseguimento aos trabalhos em Brasília”, explica Katia Matsumoto Tancon, do Ministério dos Transportes.
Histórico da rodovia
A rodovia BR-319 é a única ligação terrestre entre as cidades de Porto Velho/RO e Manaus/AM, com 870 quilômetros entre essas localidades. Ela foi implantada e pavimentada na década de 70, mas ao longo dos anos sofreu processo de degradação e hoje apresenta pavimento em péssimo estado e queda de pontes que impossibilitam a passagem em diversos trechos.
Por estar rodeado por unidades de conservação ambiental (11 federais, 10 do estado do Amazonas e 8 de Rondônia), o trecho entre o Km 250 e o Km 655,7, parte central da rodovia, ainda levanta discussões entre os órgãos públicos e, por enquanto, não pode ser revitalizado. Outros segmentos já estão concluídos ou em obras. O trecho entre o Km 0,0, em Manaus, e o Km 177,8, na Travessia do Rio Tupana, encontra-se em boas condições de trafegabilidade. Do rio Tupana ao Km 250 há obras. Já entre o Km 655,7 e o Km 877,4 (Travessia do Rio Madeira), há obras entre Porto Velho e Humaitá.