Painel Político – (O julgamento de Ivo Cassol no Tribunal Superior Eleitoral) – Alan Alex

O julgamento de Ivo Cassol no Tribunal Superior Eleitoral

Da Redação

24 de Novembro de 2009 às 20:16

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Painel Político – (O julgamento de Ivo Cassol no Tribunal Superior Eleitoral) – Alan Alex

Foto: Divulgação

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Julgamento de Cassol

Após dois adiamentos, dias 10 e 17 de novembro, o TSE julgou o processo de Ivo Cassol e seu vice, João Cahúla. A defesa bem que tentou adiar mais uma vez, alegando que a Corte não estava completa. Não deu certo. Os ministros invocaram jurisprudência e continuaram. A defesa também tentou mostrar que Cassol não tinha conhecimento do suposto esquema de compra de votos.

Concertada com “C”

Foi assim que o Ministro Ayres Brito classificou a “ação orquestrada por um grupo para realizar essas ações ilegais”. Por isso, julgo procedente a cassação do governador do Estado de Rondônia. Em seguida, o Ministro Ricardo Lewandowski pediu vistas ao processo e a sessão foi encerrada.

Complicou

Apesar de ter ganho mais um tempo no cargo, alguns fatos pesaram contra o governador, entre eles a decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral quando cassou o mandato de Cassol ainda no ano passado. O Ministro Ayres Brito disse que ficou “impressionado com a unânimidade do TRE”, e que o voto da relatora, desembargadora Ivanira Feitosa , que disse “o caso é de clássica, nítida unidade de desígnios, ações e proveito eleitoral. Nos autos sobram provas contra Expedito Júnior e Ivo Cassol. Eles fizeram campanha juntos, foram fotografados juntos, usavam o mesmo material de campanha, tinham praticamente os mesmos doadores e chegaram a fazer doações um para o outro. Cassol, por exemplo, doou R$ 200 mil e 500 para o comitê de Expedito na véspera das eleições”.

Carne e unha

O Ministro disse que “não faltam provas que eles eram como unha e carne. José Robério, por exmplo, era tesoureiro de Expedito e homem de confiança de Ivo Cassol, tanto que chegou a assumir um cargo público no IPEM.” O que também pesou contra o governador Ivo Cassol foi o suposto uso da polícia civil para coagir testemunhas. Esse foi o argumento utilizado pela acusação para ligar Cassol a Expedito e a suposta compra de votos. Esse fato também deixou os ministros do TSE com a certeza que Cassol não só sabia, mas também concordou com a desastrada ação de compra de votos.

O que é

Pelo prazo regimental, Ricardo Lewandowiski deverá apresentar seu voto jpa na próxima sessão, que acontece na quinta-feira, 26. Mas ele pode adiar por mais tempo, caso haja necessidade, como por exemplo, a complexidade do tema. Agora é esperar.

Instalou-se a cizânia

A chegada de Silvernani Santos no parlamento estadual causou a desarmonia na Casa. Por lá tudo ia transcorrendo dentro da normalidade, até que o deputado foi empossado. Agora, cerca de 800 comissionados serão demitidos, os parlamentares não chegam a um consenso sobre a construção do novo prédio da Assembléia e passaram inclusive a protagonizar baixarias, como a de ontem, entre o presidente Neodi Carlos e o deputado Maurinho. Neodi disse que Maurinho “não aguenta 10 minutos de investigação da Federal”. Porque será que o deputado disse isso?

Daí

Como o clima é de guerra, começam as acusações. Uma das mais graves dizem respeito a construção do novo prédio do Legislativo. Os deputados Jesualdo Pires, Miguel Sena e Neodi Carlos seriam sócios no empreendimento. Jesualdo inclusive estaria “importando” de Ji-Paraná a mão de obra, escassa por essas bandas em função das usinas.

Porrada

Apesar disso, Neodi não se deixa abater. Em reunião com parlamentares disse em alto e bom som que ‘que não estiver com ele vai levar pau. Vai ser porrada mesmo”. O deputado se referia a construção da nova Assembléia. Só para constar, a empresa Engecom é a responsável pelo empreendimento.

Falando nele

Silvernani deu sinal de vida. Em release enviado por sua assessoria, negou que esteja formulando manobra para se tornar presidente do Legislativo e ainda que estaria liderando uma campanha para indicar Acir Gurgacz ao cargo de governador, via Assembléia. O deputado disse ainda que “desde minha posse não conversei com Acir e muito menos com o governador. Tudo não passa de boatos”. Ele aproveitou para dizer que quem anda divulgando isso é “boateiro e palpiteiro”. Então lá vai um palpite: Silvernani não será reeleito em 2010. Outro palpite? A Justiça deveria bloquear os bens do parlamentar para descontar os milhões desviados da Assembléia no período em que ele esteve á frente da Casa. Agora um boato: dizem que ele tem mais de 10 mil cabeças de gado em sua fazenda no muncípio de Jaru. Mas como ele poderia ter tudo isso ganhando um salário de deputado por seis mandatos?

No ponto

O deputado Amaury disse em tom de brincadeira que está atrás do “ônibus dos três milhões”, que, segundo o deputado, não passou nem perto dele. “Estou no ponto esperando essa condução”, disse.

Barrado no baile

O prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho foi barrado no evento promovido pela Marinha do Brasil pelo lançamento das obras da nova Capitania Fluvial. Na solenidade estavam autoridades do Estado e representantes do governo Federal. O Capitão de Corveta Luberiaga Júnior, que também é comandante da Delegacia Fluvial, não enviou convite ao prefeito porque não quis.

Na telinha

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