ENCHENTE - Manhã de chuva em Porto Velho transforma ruas, avenidas e bairros em um “braço” do rio Madeira - Vídeo

Da Redação

09 de Novembro de 2009 às 13:07

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ENCHENTE - Manhã de chuva em Porto Velho transforma ruas, avenidas e bairros em um “braço” do rio Madeira - Vídeo

Foto: Divulgação

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A chuva que caiu sobre a cidade de Porto Velho durante boa parte da manhã desta segunda-feira (09) mostrou da pior forma o caos em que a capital se encontra em relação a falta de escoamento, bocas de lobos entupidas (quando existem), acúmulo de lixo e os trabalhos mau feitos da atual administração municipal em ruas e bairros. Lama e água, muita água tomou conta de ruas e avenidas, alagando casas, comércios e prejudicando o tráfego em vários setores da cidade.

Nas ruas Chile e México, trafegando pela avenida Pinheiro Machado, bairro Embratel, um dos pilares de propaganda institucional da Prefeitura Municipal de Porto Velho – que exalta a obra de escoamento e asfaltamento – a situação encontrada era crítica, com alagação de um metro de água, impedindo inclusive o tráfego de veículos.

Pior estava no cruzamento das avenidas Rio de Janeiro com a Guaporé, no bairro Agenor Martins Carvalho, zona Leste de Porto Velho, com as águas transbordando bocas de lobo e transformando as duas pistas em lagoas quase intransponíveis. Em dado momento, uma Kombi/VW, de uso da empresa Camter, que realiza serviços para a Prefeitura, caiu em um grande buraco, que estava coberto pela água, e encalhou. Um morador colocou um tronco de árvore no meio da pista para servir como alerta aos motoristas. Nesse ínterim, outros veículos encontravam dificuldades para utilizar as avenidas, alguns deles “morreram” quando ainda estavam cruzando o aguaceiro de uma das pistas.

O absurdo estava ocorrendo em muitos pontos da cidade, com esquinas cheias, água tomando até 1 metro e meio em relação aos carros atolados, caminhões retornando, com motoristas temerosos. Muitos moradores ficaram ilhados, sem condições de sair das próprias casas e outros que não podiam entrar.

Na avenida Raimundo Cantuária com a rua Nicarágua, um comerciante se queixava do prejuízo que havia acarretado em seu bar. No local a água pútrida vindo da rua havia invadido o estabelecimento e a sua casa que fica anexada. Com um balde em uma das mãos o comerciante reclamou: “Um absurdo esse tipo de situação. Tô levando um prejuízo enorme, pois molhou tudo na minha casa. Há seis meses adquiri esse comércio e a impressão que se tinha é que havia escoamento nessa rua. Não culpo só a Prefeitura por isso não, acho que falta consciência das pessoas na hora de jogar o lixo e não usar boca de lobo para receber esses resíduos”.

Próximo do bar um grupo de moradores bloqueou a Raimundo Cantuária para alertar os motoristas da intrafegabilidade no local. Alguns deles andavam no meio da rua com a água cobrindo até acima do joelho.

Outro ponto crítico estava na rua Rafael Vaz e Silva, próximo da rua Benjamin Constant, bairro São Cristovão, região central de Porto Velho, um “rio” cruzava a via por conta a vazão das águas que enchiam o Canal dos Tanques, que transbordou devido ao acúmulo. Cântaros de água se convergiam em uma correnteza forte que tomava uma ponta a outra da rua, dificultando acesso de veículos. Uma moradora em contato com a reportagem do Rondoniaovivo disse que no início da manhã no ápice da chuva o local parecia um trecho do rio Madeira em época de cheia.

Tanto o Corpo de Bombeiro quanto a Defesa Civil tiveram uma manhã cheia em vista das inúmeras ocorrências de calamidade que surgiam de diversos cantos da cidade. Na redação do Rondoniaovivo, dezenas de telefonemas alertavam a reportagem de locais que enfrentavam enchentes, paralisações de vias e protestos de moradores.

“E olha que estamos sentindo apenas uma pequena mostra do início de inverno, imagina quando as chuvas intensificarem? Como estará Porto Velho? Cada chuva um sinal de alerta da defesa civil”, disse um morador próximo ao Canal dos Tanques, perto da Rodoviária, que registrava o transbordamento com uma câmera de seu celular.

“Isso é registro para mostrar o que já se sabia. Não era preciso ser engenheiro para saber que essa obra do Canal ia ser um desastre”, completou o morador.

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