Os desafios trazidos ao radiojornalismo com a convergência das mídias e a influência das redes sociais. Esse foi o tema mais discuto ontem no primeiro dia do IV Seminário Internacional de Radiojornalismo, realizado pela revista Imprensa com apoio da RPC, no Teatro Paiol, em Curitiba. “Todo jornalista de rádio já sai para a rua com uma câmera, além de um gravador. Mas precisamos saber como utilizar imagem e vídeo para enriquecer a rádio, sem perdermos a essência do veículo. A ligação emotiva com os ouvintes não pode ser perdida nunca”, destacou o diretor regional da BBC Lúcio Mesquita, que também apresentou um histórico sobre a rádio inglesa.
Para Milton Jung, âncora da CBN em São Paulo, os radialistas devem estar atentos às redes sociais. “São fontes de notícias que não podem ser mais ignoradas”, afirmou. Sobre a influência do chamado “jornalismo 2.0”, ou “jornalismo participativo” na rádio, o gerente de radiojornalismo da Band-RS, Luiz Artur Ferraretto, contou que o ouvinte ganha cada vez mais poder na programação. “Antigamente, púnhamos uma notícia de um ouvinte no ar só depois de conferirmos todas as informações. Hoje, os radialistas estão muitos mais flexíveis e inclusive incentivam essa participação.”
Um debate sobre as estratégias utilizadas para aproximar a rádio de seus ouvintes também aconteceu na tarde de ontem, com a mediação do jornalista Leonardo Mendes Júnior, editor de Esportes da Gazeta do Povo. As principais discussões do evento podem ser acompanhas em tempo real pelo Twitter. Entre as principais discussões previstas para hoje estão o valor do rádio no mercado, o papel das rádios públicas e as potencialidades do webradio.