Embrapa apresenta aproveitamento de resíduos com finalidades energéticas na INOVATEC

Da Redação

08 de Outubro de 2009 às 13:52

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Embrapa apresenta aproveitamento de resíduos com finalidades energéticas na INOVATEC

Foto: Divulgação

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Em parceria com indústria nacional, a Embrapa demonstra processos para aproveitamento da biomassa e energia contida em resíduos e subprodutos agrícolas e industriais.

(Belo Horizonte, 8 de outubro de 2009) Na 5ª Feira de Inovação Tecnológica (INOVATEC), que encerra na sexta-feira, dia 09 de outubro, em Belo Horizonte (MG), a Embrapa Agroenergia, uma das unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está apresentando uma tecnologia para aproveitamento de resíduos denominada produção de briquetes ou briquetagem.

Os briquetes são biocombustíveis sólidos produzidos a partir de resíduos ou sub-produtos agrícolas, florestais ou industriais utilizados para queima em fornos, caldeiras e outros equipamentos, em substituição a lenha ou carvão vegetal ou mineral. A característica principal dos briquetes é ter volume menor do que os resíduos originais, com o mesmo poder calorífico, o que favorece o manuseio e barateia o transporte, esclarece o pesquisador da Embrapa Agroenergia, José Dilcio Rocha. A queima dos briquetes gera calor, que pode ser aproveitada diretamente como energia térmica (para o aquecimento de líquidos, por exemplo) ou transformada em energia elétrica por geradores.

Na INOVATEC está em exposição uma briquetadeira que tem capacidade de produção de 100 kg de briquetes por hora, produzida pela empresa Bioware, de Campinas (SP). A máquina usa o processo de briquetagem por extrusão a quente, onde uma rosca-sem-fim comprime e molda os resíduos, dando-lhes a forma de cilindros ou de tijolos. Esses materiais são produzidos sem adição de produtos químicos ou adesivos e podem ter comprimento de 50 cm a 2 metros.

Tipos de resíduos para produção de briquetes

Diversos resíduos podem ser utilizados para a produção de briquetes: bagaço e palha de cana-de-açúcar, bagaço de laranja, serragem e aparas de madeira obtidas em serrarias ou em fazendas de exploração florestal, cascas de coco, de babaçu, de macaúba, de pinhão manso, folhagens, resíduos orgânicos de filtração. Também podem ser utilizados troncos finos que não são aproveitáveis para a confecção de móveis ou tábuas, mas que podem ser adensados e utilizados como fonte de energia térmica.

A Bioware está desenvolvendo pesquisas em conjunto com a Embrapa para determinar que tipos de resíduos agrícolas que podem ser usados para produção de briquetes, o custo dessa produção, o balanço energético do processo para cada tipo de resíduo, bem como a possibilidade de utilização da briquetadeira em regiões onde ainda não há energia elétrica. A esse respeito, o pesquisador salienta que a briquetagem de resíduos produz um combustível de excelente qualidade, com custo competitivo. Além disso, ajuda a resolver problemas ambientais e gera um produto a mais na propriedade ou na indústria, o que aumenta a rentabilidade dos negócios”.

De acordo com o pesquisador, o público presente à INOVATEC demonstrou curiosidade e interesse por essa forma de aproveitamento da biomassa residual. Diversas consultas em relação à possibilidade de uso de resíduos que já são produzidos, tanto em atividades agrícolas quanto industriais e que, atualmente não são aproveitados, é um dos grandes questionamentos dos interessados pela tecnologia, conclui José Dilcio.

Mais informações sobre esta tecnologia podem ser obtidas no site da Embrapa Agroenergia www.cnpae.embrapa.br ou pelo email sac.cnpae@embrapa.br

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