DESGRAÇA – Homem cai em bueiro a céu aberto na capital, quebra fêmur e aguarda há cinco dias cirurgia – Confira vídeo e fotos

Segundo a vítima, ele vinha caminhando pela calçada e como a visibilidade não era favorável, pois no referido trecho a iluminação é precária.

DESGRAÇA – Homem cai em bueiro a céu aberto na capital, quebra fêmur e aguarda há cinco dias cirurgia – Confira vídeo e fotos

Foto: Divulgação

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O morador da zona Sul de Porto Velho, Francisco Augusto Melo, sofreu um acidente na noite do último sábado, 26, na avenida Jatuarana, próximo dos conjuntos habitacionais Rio Verde e Rio Bonito. Segundo a vítima, ele vinha caminhando pela calçada e como a visibilidade não era favorável, pois no referido trecho a iluminação é precária, acabou caindo em um grande bueiro aberto e na queda acabou fraturando o fêmur da perna esquerda. Depois de ser socorrido Francisco Augusto foi conduzido ao Pronto Socorro e Hospital João Paulo II.
 
Necessitando de uma urgente cirurgia ortopédica, Francisco Augusto se encontra nos corredores do João Paulo II esperando para ser operado, ele é o de senha nº 50 na fila de espera para cirurgias.
 
Deitado numa maca, Francisco recebe atendimento de rotina do hospital. Como se encontra imobilizado, ele está utilizando fralda descartável (adulto) que é trocado constantemente, além de medicação adequada para suportar a dor. Porém, a superlotação do JP II e o fato de ser o único hospital para esse tipo de pronto-atendimento de alta complexidade,acabou gerando um êxodo de pacientes de média e baixa complexidade até a instituição por falta de um hospital municipal.
 
Diante deste problema Francisco Augusto resolveu divulgar à imprensa a sua dor e indignação com a gestão municipal, não só pelo fato de ter se acidentado em uma via pública, caindo em um bueiro aberto, mas pelo fato de estar necessitando de um intervenção cirúrgica imediata e ter que aguardar por causa da superlotação. “Estou aqui informando a toda comunidade deste episódio que aconteceu comigo para que outras pessoas fiquem alerta e casos como este não aconteçam mais. Prestem atenção na sua rua, por onde você anda, eu sou uma vítima da irresponsabilidade municipal”, disse Francisco.
 
De acordo com Francisco providências judiciais serão tomadas contra a Prefeitura de Porto Velho, pois para ele muitos secretários municipais não enxergam os problemas visíveis que a cidade vem sofrendo há vários anos e quando são denunciados pela imprensa ou mesmo alertados através de associação de moradores e a população mesmo, ao invés deles resolverem, acabam ficando com raiva dos reclamantes, que é a própria população.
 
PROBLEMA DE LOTAÇÃO
 
A superlotação no JP II já foi motivo de questionamento junto a administração do hospital, tanto que o Diretor Geral, Rodrigo Bastos,concedeu entrevista coletiva nas primeiras semanas de setembro informando que o João Paulo II é uma unidade de urgência e emergência do Estado de Rondônia e portanto, somente casos graves devem procurar atendimento naquela unidade hospitalar, mas há muito tempo casos corriqueiros e baixa complexidade tem sido direcionados ao JP II, ocasionando o excesso de atendimento.
 

O Diretor ressaltou ainda naquela ocasião que a cidade de Porto Velho é a única capital do país que não possui um Pronto Socorro Municipal e a administração municipal deve assumir as suas responsabilidades e sanar logo este problema. Entretanto, para o Diretor e demais funcionários do João Paulo II as causas da superlotação está ligada a casos de baixa complexidade, pois para eles poderiam ser facilmente atendidos na rede básica de saúde municipal.

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