Porto Velho: a cidade dominada pelo medo – Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Longe, muito longe, vão os tempos de uma Porto Velho bucólica em que se podia dormir com as janelas abertas para aproveitar a aragem das madrugadas frias de uma cidade arborizada e cordial.
 
Hoje, a população portovelhense vive aterrorizada com a onda de criminalidade, que coloca a capital de Rondônia no ranking das mais violentas do país, conquanto as autoridades responsáveis pela segurança pública insistam em dizer o contrário.
 
Há pouco, a comunidade do bairro Areal chorou a morte do pároco da Igreja Nossa Senhora de Fátima, Alejandro Guarde Ernandes, vítima de acidente automobilístico.
 
Antes, porém, estudantes de uma academia de artes marciais, lamentaram a morte de um professor de jiu-jitsu. Tanto o vigário quanto o professor foram vítimas do crescimento da violência e do desatino entre algumas camadas que compõem a população.
 
 Não que as mortes dessas duas pessoas sejam acontecimento diferente e, por isso mesmo, merecedor das considerações da coluna. Diariamente, em todos os bairros e por qualquer motivo, muitas vezes de uma irrelevância que torna inexplicável a sua explosão, vidas são ceifadas, privando-se famílias da presença dos seus chefes e condenando crianças ao desamparo de um futuro incerto.
 
As crônicas policiais registram os mais brutais assassinatos, com vidas ceifadas de modo cruel pelas mãos assassinas de facínoras, que desconhecem quaisquer sentimentos de amor a Deus e ao seu semelhante.
 
Outros, enlouquecidos pela absorção de drogas estupefacientes, investem contra a sociedade à qual pertencem como bactérias mortíferas que infectam um corpo humano, num esforço para levá-lo à morte.
 
Entretanto, o que mais revolta, além da impunidade reinante, é a covardia com que bandidos atacam famílias e cidadãos indefesos, deixando em suas mentes as marcas da brutalidade.
 
Não é preciso ser cientista social ou qualquer coisa do gênero para escavar as razões dessa cavalgada de violência que aflige, de modo especial, a cidade de Porto Velho. Entretanto, como cidadão e porta-voz de muitos que não têm a oportunidade de expor suas amarguras, angústias e frustrações, não poderia, jamais, esquivar-me de cobrar das autoridades públicas para que instrumentem cada vez melhor os organismos policiais a fim de que eles possam se tornar protetores reais da sociedade.
 
Poder-se-ia dizer que o mais sensato seria atacar as causas determinantes da violência. O problema é que a população já não mais pode esperar tanto tempo assim.
 

Não é possível suportar o atual estado de coisas, até que desapareçam as injustiças sociais, tão velhas quanto o mundo. Já que se não pode ter a cura para a ferida que atinge um corpo, usa-se contra ela o ferro quente para cauterizá-la.

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