Cai o número de casos de Dengue em Porto Velho
Foto: Divulgação
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No Brasil, até agora foram registrados os tipos 1, 2 e 3 da dengue, mas, segundo especialistas, é apenas uma questão de tempo para o tipo 4, que já foi encontrado na Colômbia e na Venezuela, chegar por aqui. Desde que o Ministério da Saúde divulgou no ano passado, um mapa sobre a dengue em todo o pais, vários municípios ficaram em estado de alerta. De acordo com o levantamento feito em 161 municípios, os vasos de plantas, caixas dágua, tambores e lixo foram apontados como os principais criadouros do mosquito. Começava aí uma grande batalha para vencer o transmissor da dengue. De acordo com o relatório, Porto Velho não aparecia no grupo dos cinco municípios em situação de risco para ocorrência de surto, mas aparecia entre as 71 cidades, das quais 14 são capitais, em situação de alerta.
O Ministério da Saúde lançou a campanha nacional de prevenção “Brasil unido contra a dengue” e os mutirões na capital foram realizados como parte das ações do Plano de Contingência da Dengue, elaborado pela prefeitura de Porto Velho, através da secretaria municipal de Saúde e começaram pelo bairro São Sebastião I, onde equipes de agentes de saúde, estagiários de algumas faculdades de medicina e enfermagem e os próprios moradores, realizaram o primeiro dia do Mutirão contra a Dengue na comunidade. A atividade envolveu uma média de 150 pessoas, entre técnicos e profissionais da saúde, além de muitos estagiários que são voluntários nos mutirões. Na prática, os participantes vão de casa em casa, orientando, distribuindo panfletos e se for o caso, já encaminhando as pessoas que apresentarem os sintomas da Dengue, para as unidades de saúde, inclusive com carro de apoio para levar o doente. O bairro São Sebastião foi escolhido para o começo da campanha por ser um dos que apresentou maior índice da doença. Na seqüência vierem os bairros Nacional, Caladinho, Cidade Nova, Cidade do Lobo,
Comitê da Dengue
Com o resultado do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), as ações de campo são intensificadas com a realização de mutirões além das ações de rotina. O desenvolvimento das referidas atividades segue a priorização dos bairros mais atingidos para os menos atingidos. Para desenvolver todas estas ações, a Semusa montou o comitê da Dengue, formado por técnicos e profissionais da área epidemiológica da secretaria municipal de Saúde, que elaboraram um Perfil Epidemiológico de Porto Velho. Durante e primeira reunião, na Biblioteca Francisco Meireles, já foram definidas as ações de parceria estabelecidas com algumas empresas e instituições como a Caerd, Ministério Público, Conselhos Estadual e Municipal de Saúde, Forças Armadas, Associação dos Diabéticos, Escolas Estaduais e Municipais, Associações de moradores, além de outros órgãos federais, estaduais e municipais. As ações do comitê são desenvolvidas nas áreas de Educação em Saúde e Mobilização Social, Capacitação de Recursos Humanos, Controle de Vetor, Assistência ao paciente, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Laboratorial e Vigilância Sanitária. Na área de educação, professores e técnicos foram orientados sobre como trabalhar os temas da Dengue em sala de aula.
Unindo forças
Sempre alerta
O LIRAa é realizado anualmente pelas prefeituras com o objetivo de identificar com antecedência as áreas de maior risco para a ocorrência de surto de dengue. Os resultados permitem a rápida tomada de decisão para o planejamento e a intensificação de ações de combate ao vetor da doença, assim como as atividades de mobilização, comunicação e de educação. O resultado do LIRAa provoca a intensificação das ações com a realização de mais mutirões além das ações de rotina que são priorizados nos bairros com maior incidência da dengue. São realizados tratamentos focais nos depósitos usados como reservatório para a eliminação das larvas do aedes, inspeção e tratamento focal, espacial e eliminação de depósitos, nos pontos estratégicos como, borracharia, ferros velhos, cemitérios e oficinas. Durante o período das chuvas, há uma tendência de incremento de casos de dengue, em decorrência do aumento dos índices de infestação do Aedes aegypti, fato este ligado diretamente à formação de criadouros, devido ao acúmulo das águas de chuvas em depósitos propícios a proliferação do mosquito.
Ainda não existe vacina contra a dengue, mas como é uma das maiores epidemias mundiais, vem sendo alvo de institutos de pesquisa e farmacêuticos de diversos países que buscam desenvolver uma vacina para o mal. Aqui no Brasil, o desafio é do Instituto Butantan, de São Paulo e do Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Durante a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Campinas, os representantes das instituições falaram sobre os estágios em que se encontram as vacinas brasileiras para a dengue.
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