DENÚNCIA - Lixo hospitalar pode estar contaminando pessoas em Cacoal

DENÚNCIA - Lixo hospitalar pode estar contaminando pessoas em Cacoal

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Foto: Divulgação

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Catadores, ratos, aves e insetos convivem juntos no “lixão” de Cacoal, uma área às margens da RO 383, ao lado de uma escola pública, onde são descarregadas toneladas de lixo todos os dias. O que a Câmara Municipal desconhecia é que até o lixo hospitalar vai para o mesmo local. Os vereadores Val Andrade (PP), Uriety do Prado (PMDB), Euzébio Brizon (PPS) e Valdomiro Corá (PV) se reuniram ontem para discutir a questão e agora prometem levar ao Ministério Público farta denúncia com as fotos de um flagrante, comprovando que o lixo hospitalar da cidade tem a mesma destinação do lixo doméstico. As cenas são de descaso com a saúde pública.

Uma mulher que ganha a vida catando papelão e alumínio no lixão de Cacoal acabou perfurando a mão com uma agulha descartável no momento em que os vereadores fotografavam uma caminhonete da Prefeitura do Município descarregando os resíduos hospitalares no local. Ela contou que já levou centenas de agulhadas nos dedos enquanto revira o lixo devido ao material hospitalar que não tem uma destinação correta. “Jogam tudo aqui”, afirmou.

Os vereadores explicam que é preciso ter mais cuidado com o lixo hospitalar,

principalmente com os resíduos originados do pronto atendimento de pacientes com tuberculose, hepatite ou AIDS. No caso da tuberculose, apesar da análise, medicação ou tentativa de diagnóstico, nem sempre se consegue detectar a presença da doença. A situação é alarmante porque uma pessoa incubada com o bacilo transmite anualmente essa doença para mais de quinze pessoas. O vice-presidente da Câmara alerta ainda para a capacidade de multiplicação dos agentes perigosos e a possibilidade de um problema de saúde pública no município, já que os resíduos hospitalares têm uma destinação inadequada e incorreta, podendo entrar em contato com mais pessoas e com isso haver a proliferação de doenças.

Nos Estados Unidos, o material descartável de hospitais que depois do uso não foi convenientemente destruído e destinado com os cuidados devidos, acabou fazendo com que a bactéria da tuberculose se alastrasse. Os vereadores de Cacoal querem que o Ministério Público investigue o caso e tome junto a ANVISA e outros órgãos competentes, as providências necessárias. “Sabemos que o Ministério Público é zeloso com as questões de saúde publica e de meio ambiente. E não há dúvidas de que temos aqui um crime ambiental”, disse o vereador Valdomiro Corá (PP), vice-presidente da Câmara.

Nas pequenas cidades, o material hospitalar só vai para os aterros sanitários junto com o lixo doméstico por desvio ou por uma forma fraudulenta de destinação. Em Cacoal, o problema é ainda mais sério por se tratar de uma cidade de médio porte, que não tem nenhum cuidado com o tratamento do lixo hospitalar. Sem contar que o novo aeroporto da cidade, o futuro cartão de visitas para os visitantes e turistas, fica bem próximo ao “lixão”. Os vereadores exigem providências por entender que se trata de um procedimento de segurança para a saúde da população.

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