VAMOS PLANTAR GRAMA - Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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Em pouco menos de dois meses, essa é a terceira denúncia grave envolvendo a administração Sobrinho. A primeira foi o sumiço, misterioso, de uma camionete Hillux, pertencente à Secretária Municipal de Educação, comandada por Epifânia Barbosa. O assunto já chegou ao conhecimento do Ministério Público. Depois, estourou o escândalo da empresa contratada sem licitação. Por fim, pipocou o imbróglio da grama. O que mais Sobrinho está esperado acontecer para proceder a uma faxina em sua equipe de auxiliares?
Há outros episódios, porém, que ainda não estão de todo esclarecidos e envolvem o dinheiro público. Trata-se da inacabada obra da Vieira Caúla, que parece haver caído no esquecimento, com todas as conseqüências danosas ao erário. É preciso que a autoridade máxima do município mande apurar, com rigor, todas as denúncias. Até porque qualquer leniência pode-se constituir em irregularidade, ela também passível de punição.
Se a lei criminal especifica penas para os que acobertam ou auxiliam a prática de condutas delituosas, administradores da coisa pública que, por ação ou omissão, deixam de praticar os dispositivos legais ou evitam sua aplicação devem, igualmente, ser chamado à responsabilidade.
O Poder Legislativo precisa ir fundo na apuração de mais essa acusação contra a administração Sobrinho, inclusive instaurando uma comissão de investigação e, se for o caso, punir os responsáveis. Como órgão fiscalizador, o Tribunal de Contas do Estado não pode deixar passar em branco gesto tão nocivo quanto escarnecedor.
A população portovelhense está cansada de tanta bandalheira, de tanta patifaria e de tanta promiscuidade patrocinada com recursos do contribuinte, dinheiro esse, aliás, que poderia muito bem ser aplicado em setores essenciais à população, como saúde e educação, por exemplo, minimizando, assim, as dificuldades diárias com as quais se debatem centenas de pessoas, que dependem desses e de outros serviços prestados, sofrivelmente, pelo poder público, nas suas diferentes esferas.
Não é mais possível conviver com essa engrenagem viciada e carcomida pela ferrugem da esperteza, que em nada contribui para melhorar a imagem do serviço público. Pelo amor de Deus, alguém precisa fazer alguma coisa! Caso contrário, a saída e continuar comendo, ou melhor, plantando grama.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!